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Cidades

Reunião cria grupos para avaliar áreas que podem ser compradas em MS

Evelyn Souza e Jéssica Benitez | 27/06/2013 18:09
Reunião hoje na governadoria.
Reunião hoje na governadoria.

Ao contrário do que se esperava pela manhã, o resultado da reunião realizada nessa quinta-feira (27) entre autoridades, ruralistas, lideranças indígenas e poder público não terminou com a decisão da saída imediata dos cerca de 1 mil índios que ocupam a fazenda Esperança, em Aquidauana.

Mas o resultado foi a criação de três grupos que a partir da próxima segunda-feira (01) irão trabalhar para encontrar uma solução para o impasse. 

Na avaliação da presidente interina da Fundação Nacional do Índio (Funai), Maria Augusta Assirati, a reunião foi positiva para ambos os lados.

Ela explica que o primeiro grupo vai analisar as questões jurídicas, como as possíveis indenizações, compras de terras ou permutas.

O segundo deve avaliar 53 áreas e identificar no mapa de Mato Grosso do Sul quais são os pontos mais críticos em relação aos conflitos. Já o terceiro, foi criado para fazer um mapa da regularização fundiária do Estado. O objetivo é identificar terras onde existe disputa e propriedades que estão em processo de regularização.

O trabalho de analise dos grupos deve durar pelo menos uma semana e em seguida os resultados serão apresentados por cada comissão, durante nova reunião que ainda não foi marcada.

O advogado dos indígenas, Toninho Benites, diz que a fazenda Buriti aparece como prioridade na pauta. “A reunião foi um grande avanço. Nossa principal luta continua sendo pela devolução do território" explica Toninho.

O advogado também informou que os índios esperam que os produtores rurais sejam indenizados e que o direito seja igual para os dois lados.

Um pouco antes do fim, a saída de um indígena terena despertou a atenção dos que acompanhavam a reunião do lado de fora. Irritado o índio não quis falar com a imprensa.

O encontro foi a portas fechadas e aconteceu na governadoria em Campo Grande e contou com a presença de representantes das etnias Terena, Kadiwéu e Guarani-Kaiowá, além das autoridades que compõem o Fórum Nacional de Assuntos Fundiários do Ministério da Justiça. 

 

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