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Cidades

Zeolla pediu 38 licenças e defesa diz que MP "falhou"

Redação | 03/04/2009 09:46

Em 15 anos no MPE (Ministério Público Estadual), o procurador-afastado Carlos Alberto Zeolla, 44 anos, pediu 38 licenças médicas para tratamento neurológico. A informação é do advogado do procurador, Ricardo Trad.

Carlos Alberto é assassino confesso do sobrinho, Cláudio Alexander Joaquim Zeolla. Há um mês, o procurador matou com um tiro na nuca o sobrinho, quando o rapaz seguia para a academia.

Para o advogado, as licenças mostram que a instituição já deveria ter aposentado Carlos Alberto. "A instituição do Ministério Público falhou e falhou gravemente. Houve um descuido inexplicável. Ele já deveria ter sido aposentado", diz Ricardo Trad.

Segundo o advogado, o procurador teve derrame cerebral há cerca de um ano e não tem parte da massa encefálica.

Através da assessoria de imprensa do MPE, o procurador-geral de Justiça, Miguel Vieira da Silva, informou que em nenhum momento da vida funcional Carlos Alberto "apresentou conduta irregular de comportamento, bem como, os pedidos de licença por motivos de saúde apresentados ao longo de sua carreira no Ministério Público Estadual nunca sugeriram a necessidade de avaliação para fins de aposentadoria".

Carlos Alberto foi promovido a procurador há cerca de dois anos por merecimento. Foram levados em consideração artigos publicados e entrega de trabalhos nos prazos.

O crime - O procurador alega que matou Cláudio porque este agrediu o avô, Américo Zeolla, pai de Carlos Alberto. No entanto, o médico que atendeu Américo, no Proncor, disse ao MPE que ele não tinha hematomas.

Carlos Alberto foi preso no mesmo dia. Há pouco mais de duas semanas saiu de uma cela do Garras para uma clínica psiquiátrica particular, com autorização da Justiça.

Pedidos - A defesa tenta agora aposentar o procurador por insanidade mental, o que renderia a ele o salário integral de R$ 24 mil. O Tribunal de Justiça já pediu que uma junta médica faça em Carlos Alberto uma avaliação de sanidade mental, em caráter de urgência.

Também tramita no TJ o pedido da defesa de que o julgamento do procurador seja feito pela Corte Especial e não pela Turma Criminal. Já no STJ (Superior Tribunal de Justiça), está concluso o pedido de prisão domiciliar após alta hospitalar. A decisão deve ser divulgada nos próximos dias.

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