As meninas são piores que os meninos na matemática?
Um volumoso trabalho de cientistas franceses recentemente publicado na prestigiosa revista cientifica “Nature” não deixou dúvida que no inicio da escolarização não existem diferenças entre meninos e meninas no estudo de matemática. As diferenças só começam a aparecer por volta do quarto mês de educação.
Não se relaciona com o tipo de escola.
Os franceses deixaram claro que as diferenças que surgem à partir do quarto mês de ensino não se relacionam com o tipo de escola - pública ou privada -, nem com o nível socioeconômico de suas famílias.
No segundo ano escolar a diferença é grande.
Os resultados analisados pelos cientistas franceses foram estudados em mais de dois milhões e meio de meninos e meninas entre cinco e sete anos. Dizem que à partir do quarto mês educativo as diferenças vão ampliando. Assim, ao começar o segundo ano de escolaridade, os meninos tinham maiores probabilidades de conseguir sucessos escolares que as meninas.
Não há diferença biológica.
Também deixaram claro que não havia diferença se os pais das crianças fossem cientistas ou engenheiros. Inclusive, não faz diferença se suas famílias são biparentais (presença dos dois pais para educar) ou monoparentais. Assim como nada indica que existam diferenças biológicas.
A diferença é criada por pais e professores.
A atitude e modo de tratar diferencialmente as crianças segundo seu sexo por parte de pais e professores são os fatores que determinam essa diferença. Isso está bem claro quando os franceses constataram que não existem diferenças nos quatro primeiros meses de ensino. A igualdade começa desde quando eram bebês e permanece até o quarto mês educativo.
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