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JANEIRO, QUARTA  01    CAMPO GRANDE 24º

Em Pauta

E fez-se a luz. A chegada da iluminação pública

Por Mário Sérgio Lorenzetto | 29/12/2024 08:45
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O Brasil vive em uma eterna luta entre a luz e as trevas. Dos seus mais de 500 anos de história, o país passou mais de 300 deles na mais completa escuridão nas vias públicas. No século XIX, o Brasil recebeu os primeiros raios luminosos em suas ruas. Mas os portugueses só levaram a luz para pouquíssimas ruas de seu interesse no Rio de Janeiro, onde residiam os principais nobres. Naquela época, as vias publicas eram iluminadas com lâmpadas que funcionavam com a queima de óleo de baleia ou, eventualmente, pela queima do óleo de oliva. Existiam imensas quantidades de baleia nos mares brasileiros. Diziam que na Baia de Guanabara, elas deveriam ter um apito para não trombarem. Já o óleo de oliva, era tão caro como hoje.


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Os vagalumes.

Todo o processo de acendimento era realizado de modo manual pelos “vagalumes", apelido dado às pessoas responsáveis pelo fétido e cansativo processo de acender com uma longa tocha cada uma das lâmpadas nas ruas. Sessenta anos mais tarde, em 1.864, as luminárias passaram a usar o gás, mantendo os vagalumes no acendimento.


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1.879, chegam as lâmpadas incandescentes.

É uma raridade. Via de regra, demoramos dezenas, talvez centenas de anos, a receber alguma inovação. Não foi o caso da luz elétrica nas vias publicas. N.York, a primeira cidade do mundo a ter luz elétrica, recebeu essa inovação em 1.882. Campos de Goytacazes, uma pequena cidade carioca do interior, conquistou essa benfeitoria no ano seguinte. Foi a primeira cidade da América Latina a ser iluminada.


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As luzes da rua 26 de agosto.

Em 1.916, “apenas” 33 anos depois de Campos de Goytacazes, os moradores da rua 26 de agosto presenciaram emocionados a inauguração da geração de energia elétrica em Campo Grande. Foguetórios. Discursos epopeicos. Estava iniciado um período de prosperidade econômica, principalmente pelo elevado preço da arroba bovina, consequência da Primeira Guerra Mundial, mas também desse feito notável da iluminação publica. Os velhos lampiões a querosene foram aposentados. Um jornal noticiou que a rua 26 de agosto estava bem mais alegre. As famílias começaram a passear pela rua chegando até no Largo da Igreja de Santo Antônio. A façanha foi creditada ao prefeito Sebastião da Costa Lima e a Bernardo Franco Baís. Foi esse último a instalar em um barracão de madeira, coberto de zinco, próximo ao atual Centro Cultural da 26 de agosto, uma máquina movida a gasogênio, que permitiu a iluminação publica.

 

Os artigos publicados com assinatura não traduzem necessariamente a opinião do portal. A publicação tem como propósito estimular o debate e provocar a reflexão sobre os problemas brasileiros.

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