“Parem de nos matar”, pelo fim da violência contra a mulher
Brisa Batista é uma socióloga de São Paulo. Universitária e negra, afirmou que não podia continuar inerte frente à violência tão dramática que atinge as mulheres brasileiras. Queria gritar ao mundo. “Parem de nos matar”, escreveu em uma cartolina e a levantou em uma importante estação de metrô paulista. Pediu a uma desconhecida que fotografasse o protesto solitário. Postou a foto nas redes sociais. Sua denúncia não ganhou tração, o post não viralizou.
Repercussão mundial.
O tempo passou. No Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra a Mulher descobriram essa foto. Uma inédita projeção começou. A violência machista dos covardes foi denunciada para o mundo. A foto de Brisa Batista alcançou uma repercussão mediática inusitada . Virou um ícone.
Quatro assassinatos diariamente.
Quanto tempo de cadeia para Bolsonaro e sua turma? Quem conseguirá se blindar melhor para continuar praticando todo tipo de falcatrua? Brasília, como sempre, se enrosca em seus sonhos e picaretagens. O Brasil só tem importância para todos eles na hora de pagar imposto. Ninguém se preocupa com as doses extremas de crueldade praticadas nos assassinatos das mulheres. No ano passado, 1.492 mulheres morreram nas mãos de feminilidade. Pelo terceiro ano consecutivo a media diária alcança a quatro mulheres.
40 anos de prisão, a lei mais dura do Brasil.
A violência contra as mulheres segue firme e forte…como sempre. Houve um tempo em que muitos se orgulhavam da lei Maria da Penha, uma potente legislação contra a violência machista que data de 2.015. Tipificado há uma década, o feminicídio é, com 40 anos de prisão, o crime mais castigado do Código Penal. Como vemos diariamente, não basta. Ficou claro que leis pouco funcionam neste país. O castigo é necessário, mas insuficiente. Falta investir em programas que ensinem às mulheres defenderem-se. Falta ensinar as crianças que não deve haver um desequilíbrio de poder e ódio entre homens e mulheres. A sociedade ainda está inerte, não reagiu devidamente contra esse tipo de violência.
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