Bronzeamento causa queimaduras e empresária alega negligência de salão
Empresária alega que passou duas horas exposta ao sol, quando procedimento não deveria ser mais de 15 minutos
Uma empresária de 28 anos, foi às redes sociais expor queimaduras que sofreu após uma sessão de bronzeamento natural, tipo de procedimento que virou febre há anos, feitos em macas em áreas abertas. No caso dela, o problema ocorreu em salão localizado no Bairro Vilas Boas. O caso serve de alerta, diz dermatologista.
De acordo com a mulher, a proprietária do estabelecimento assumiu o erro e prometeu reembolsar a empresária pelos tratamentos de recuperação que precisou fazer. Até hoje, não conseguiu reaver o valor e se sentiu desprezada pela dona do salão, o que teria a motivado a levar a situação ao público.
A empresária relata que foi ao salão no final de novembro e que tudo parecia normal, mas começou a suspeitar que o tempo que ficou exposta ao sol estava se estendendo. Ela conta que chegou no salão por volta as 10h da manhã, e saiu perto das 13h, o pior período de emissão de raios ultravioleta.
"Quando cheguei, coloquei o biquíni de fita e a proprietária pediu para uma funcionária auxiliar me deixar 15 minutos no sol. Fui conversando, perguntei se não estava demorando, ela disse que não, mas quando saí e peguei meu celular, vi que tinham se passado duas horas".
No mesmo dia, a mulher conta que procurou o salão para orientações, já que estava vermelha e sentindo ardência na pele. Quando conseguiu contato, a proprietária respondeu: "Perdão, chegaram muitos clientes e aconteceu um erro, mas vamos resolver", conforme áudio enviado pela vítima.
De acordo com a empresária, mesmo depois de assumir o erro, a dona do salão não pagou os cremes e tratamentos que precisou fazer para recuperar a pele. "Parecia que estava derretendo, minha pele ficou fina, depois vieram as bolhas e eu fiquei me sentindo muito mal, fiquei toda manchada", conta a empresária.
Recomendação dermatológica - De acordo com a dermatologista Letícia Almeida, o bronzeamento e exposição ao sol não é recomendado depois das 10 da manhã. "Nós, dermatologistas, não recomendamos essa prática dessa exposição solar intensa com esses autobronzeadores ou aceleradores que as pessoas fazem usando fita isolante".
"Geralmente essa exposição acontece em horários onde o sol está muito intenso, não existe o uso de protetor solar e essa prática pode causar vários danos. Ao longo de muitos anos vai acabar aumentando o risco de câncer de pele", explica.
A equipe do Campo Grande News entrou em contato com a proprietária do salão acusado, que disse que atende desde o horário que a lei permite, até as 11 horas da manhã. Ainda alega que a empresária tem pele sensível e não reclamou do sol. Ela diz que a todo momento prestou assistência e se ofereceu para retornar o valor, mas que a empresária teria negado o reembolso.
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