Delegacia ocupa rua com estacionamento a céu aberto de carretas do tráfico
São veículos de todos os tipos, apreendidos durante investigação, que causam incômodo à vizinhança
O cenário na Rua Assef Buainain, no Jardim Itatiaia, em Campo Grande, chama a atenção de quem passa. Em frente à Denar (Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico), o asfalto virou abrigo de carretas apreendidas em operações contra o tráfico de drogas. São veículos de todos os tipos - cegonha, caminhões de gado e até os usados no transporte de minério - que agora compõem uma espécie de “exposição” involuntária, marcada por poluição visual e incômodo à vizinhança.
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A Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico (Denar) em Campo Grande enfrenta problemas com o acúmulo de veículos apreendidos em operações contra o tráfico de drogas. Na Rua Assef Buainain, no Jardim Itatiaia, carretas e automóveis ocupam o asfalto devido à falta de espaço no pátio da unidade. O delegado titular Hoffman D'Ávila explica que todos os bens apreendidos passam por perícia antes de serem encaminhados à Comissão de Alienação de Veículos do Tribunal de Justiça. Para carretas, o processo é mais ágil, necessitando apenas de boletim de ocorrência e perícia, enquanto veículos menores exigem relatório policial e manifestação do Ministério Público.
Na segunda-feira (20), havia 12 veículos de passeio e quatro carretas estacionadas em frente à especializada, já que o pátio não comporta todos os automóveis apreendidos. "Para os veículos passarem no horário de maior fluxo aqui na rua é um caos. Já a gente que mora aqui na Assef Buainain passa sufoco para entrar e sair de casa. Enfrentamos esse problema há quase uma década", fala o morador Ediomar Rodrigues.
O delegado titular, Hoffman D’Ávila, explica que a Denar recebe todos os bens apreendidos na Capital em operações ligadas ao tráfico, como carros, motos e caminhões, e que o acúmulo na rua é consequência da falta de espaço no pátio da unidade.
“Estou com carretas lá e a Denar não suporta esse tipo de veículo”, afirmou o delegado, que já solicitou perícia no pátio para comprovar a falta de estrutura. Segundo ele, os caminhões ficam ali até que a perícia seja concluída e os bens encaminhados à Comissão de Alienação de Veículos do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul.
De acordo com Hoffman, o procedimento é o mesmo para todos os bens usados no tráfico. “Todos são submetidos à perícia. Se não for objeto de furto ou roubo, a Denar elabora uma lista e encaminha à comissão, que sorteia as leiloeiras responsáveis pela retirada”, explicou.
Nos casos de carretas, o processo é mais rápido: bastam o boletim de ocorrência e a perícia para que o bem siga ao leilão, sem necessidade de inquérito ou denúncia do MP (Ministério Público). Já os veículos de passeio e as motocicletas exigem a conclusão de relatório policial e manifestação do MP.
Três dos quatro veículos de carga vistos na segunda-feira, que estavam há quase 30 dias no local, foram retirados ontem, conforme informou o delegado.
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