Família acusa vizinho de arrastar e agredir menino com barra de ferro

Pais de dois meninos procuraram a DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) na última quarta-feira (30) após os adolescentes de 12 e 13 anos contarem que foram perseguidos, agredidos e ameaçados por um tapeceiro de 37 anos. O caso aconteceu no Bairro Bela Laguna, em Campo Grande.

Vídeo mostra as vítimas correndo com outras crianças e, logo após, a caminhonete do suspeito passa. De acordo com o boletim de ocorrência, o caso aconteceu na terça-feira (29). As crianças e adolescentes brincavam na praça do bairro quando o homem chegou alterado na S-10. Ele teria jogado o veículo contra os 10 meninos e meninas que estavam no espaço público.

Com medo, eles correram para se esconder na casa de uma vizinha, que entregou as crianças quando o homem chegou. O suspeito então teria agarrado o menino de 12 anos pelos cabelos e teria dado golpes com uma barra de ferro em suas costas. Depois, amarrou-o pelo pescoço com uma corda, arrastou-o para dentro do veículo e levou-o até a residência onde mora com os pais.

Ao Campo Grande News, a mãe de um dos meninos relatou que o vizinho jogou a caminhonete na frente de sua casa e saiu com um pedaço de ferro para atacar a criança. “Ele não encostou a mão no meu filho, mas bateu no outro menino. Dentro do carro, ele ficou falando que ia matá-los e chamou-os de vagabundos. Meu filho estava aos prantos quando contou. Eu não sei o que esse homem tinha”, afirmou.

O pai do menino agredido relatou que avisou ao homem que chamaria a polícia e ele teria dito que os agentes eram seus “trutas”. O adolescente confirmou à reportagem ter sido arrastado pelos cabelos e agredido com uma barra de ferro. “Ele enrolou uma corda no meu pescoço e apertou", contou.

Questionado, o suspeito negou as agressões, mas confirmou que ameaçou os meninos. Segundo ele, as crianças e jovens do bairro fazem muita “arruaça” e “vandalismo“ jogando pedra e pau nas casas dos vizinhos. Inclusive, seu cachorro chegou a ser atingido por madeira arremessada por um deles.

“Aqui aconteceu de as crianças virem jogar pedra e pau aqui em casa e na casa do vizinho. Eu e os vizinhos fomos atrás para pegar as crianças. Eu as levei até a casa dos pais para conversar, explicando que não era horário para as crianças estarem na rua vandalizando”, afirmou.

"Ninguém bateu nas crianças. Eu consegui pegar um no terreno baldio porque ele se jogou no mato e tentou se esconder. Joguei o carro na frente e falei: 'Se levantar, vai ser pior'. Não ameacei, só disse que, se saísse da caminhonete, iria pegar de pau. Levei, mas a vontade foi grande de pegar, bater e deixar marcado, porque não tem pai. Se tivesse, não estaria na rua neste horário. Agora vou ter que ir à Justiça, senão vai parecer que eu sou o culpado", finalizou.

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