Na antiga pedreira, mato e lixo são problemas que se arrastam “há anos”
Trabalhador que passa diariamente pelo lugar reclama que nada é feito para resolver a situação
Mato, lixo acumulado e calçadas quebradas são motivo de reclamação de funcionários que trabalham em frente à Pedreira Nasser, que está desativada desde 1970. Localizada no Bairro São Francisco, a área incomoda quem há anos só vê esses e outros problemas se arrastarem com o tempo. Através do Direito das Ruas, leitor encaminhou diversas imagens e vídeos que mostram como está o lugar nesta quarta-feira (27).
Luiz Felipe Rezende Alves, de 38 anos, trabalha próximo à área que abrange as Ruas Pedro Celestino e Rua Elias Nasser com a Rua Amazonas. De acordo com ele, “há anos” nada é feito para resolver a situação.
“Os funcionários estacionam carro ali e quando venta, caem galhos de árvore nos carros, amassa, quebra os vidros. Fora a sujeira, morador de rua e água parada”, diz. Ele nunca levou a demanda até a Prefeitura de Campo Grande, porém colegas de trabalho já entraram em contato. “Já acionaram, mas não resolveram”, afirma.
Imagens feitas da antiga pedreira, especificamente na Rua Pedro Celestino, mostram a calçada coberta pelo mato. Em outros pontos é possível ver o lixo acumulado, são dezenas de embalagens de vidro, plástico e papel.
Em 2023, a Pedreira Nasser foi colocada à venda por R$ 29,7 milhões. Nesse período, três empresas demonstraram interesse, porém nenhuma negociação foi levada adiante. No ano passado, o responsável por gerenciar a venda, César Batiston, disse à reportagem que o proprietário da área, Mafuci Kadri, queria o valor em dinheiro. “E geralmente nestas negociações as pessoas envolvem terrenos ou outros bens para usar no pagamento”, afirmou.
Nesta manhã, a reportagem entrou em contato com Mafuci Kadri e foi informada que o mesmo não é mais responsável pela Pedreira Nasser.
A denúncia foi encaminhada para a Prefeitura de Campo Grande. A assessoria informou por meio de nota que "O terreno mencionado é de propriedade particular e já foi alvo de fiscalizações e multas por não limpeza de terreno. A Semadur salienta que a atuação da secretaria ocorre no âmbito administrativo, conforme prevê o Código de Polícia Administrativa do Município de Campo Grande, Lei n. 2909, sendo de responsabilidade do proprietário a correta manutenção de sua propriedade".
Direto das Ruas - A história desta reportagem chegou até o Campo Grande News pelo Direto das Ruas, telefone de interação dos leitores com a redação. Viu um fato que precisa ser apurado? Envie denúncias, flagrantes e sugestões pelo WhatsApp: (67) 99669-9563. Para que sua imagem tenha mais qualidade, orientamos que fotos e vídeos sejam feitos com o aparelho celular na posição horizontal.
*Matéria editada às 11h10 para acrescentar o posicionamento do empresário Mafuci Kadri.
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