Servidor reclama de cota para gaze e esparadrapo; HR diz que evita desperdício
Situação perdura há três meses e compromete o preparo de medicamentos, diz enfermeiro
Denúncia anônima de um servidor do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul aponta a falta de insumos básicos para o atendimento aos pacientes, enquanto obras na fachada seguem em andamento. Segundo o relato, a situação tem cerca de três meses e já compromete o preparo de medicamentos, higiene e a segurança da equipe de enfermagem.
RESUMO
Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!
Servidor do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul denuncia escassez de insumos básicos, como luvas, aventais, álcool e materiais para procedimentos médicos. A situação, que persiste há três meses, afeta principalmente o uso de soro fisiológico para diluição de medicamentos. A administração do hospital implementou um sistema de cotas para materiais como gaze e esparadrapo, além de enfrentar problemas com rouparia devido à quebra de equipamento na lavanderia. Em resposta, a instituição afirma que o reabastecimento ocorre conforme demanda e que as medidas visam evitar desperdícios.
Esse caso foi sugerido por leitor que enviou mensagem pelo canal Direto das Ruas.
O enfermeiro afirma que materiais como luvas, aventais, álcool, esparadrapo, gaze, seringas, agulhas estão em falta em diversos setores. O maior impacto, segundo ele, é com a ausência do soro fisiológico de 100 ml, o mais utilizado para diluição de antibióticos. “Só temos soro de 500 ml, então precisamos desprezar 400 ml para usar apenas 100 ml. Isso é um desperdício forçado”, afirma.
Além disso, há relatos de limitação por setor. “Temos cota para pegar gaze. Liberam apenas 50 pacotes para um plantão de 24 horas. De esparadrapo, são só oito unidades para a semana inteira”, detalha.
O servidor também relatou falta de roupas de cama e informou que uma das máquinas da lavanderia quebrou, o que obrigou a gestão a pedir economia no uso de lençóis. “Minha gerente avisou no grupo que vai faltar roupa porque a máquina estragou”, disse.
Outro item crítico citado foi a ausência do abocath, cateter usado na punção de acesso venoso. “É o básico para administrar medicação. Falta tudo.”
Resposta - Em nota, o Hospital Regional informou que os estoques de materiais são reabastecidos conforme a demanda e que há orientação permanente para evitar desperdícios.
Sobre a lavanderia, a instituição explicou que uma das máquinas está em manutenção preventiva, mas o impacto é pequeno, já que a lavanderia interna responde por apenas 25% da demanda. O restante do serviço é feito por empresa terceirizada.
A respeito da obra em andamento na fachada, o hospital esclareceu que ela faz parte de contrato separado e corresponde à manutenção predial. “O prédio está em uso há quase 30 anos e requer intervenções periódicas”, justificou.
Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais.