ANS aprova reajuste de 6,06% para planos de saúde individuais e familiares
O reajuste não se aplica a planos coletivos, sejam empresariais ou por adesão
A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) aprovou, nesta segunda-feira (23), o reajuste máximo de 6,06% para planos de saúde individuais e familiares no Brasil. O índice será aplicado no período de maio de 2025 a abril de 2026 e pode ser incorporado na data de aniversário de cada contrato, conforme o mês de contratação do serviço.
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A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) definiu o reajuste máximo de 6,06% para planos de saúde individuais e familiares, válido entre maio de 2025 e abril de 2026. O índice, menor que os 6,91% aplicados em 2024, afetará 8,6 milhões de beneficiários, que representam 16,5% do total de usuários de planos de saúde no Brasil. O reajuste não se aplica aos planos coletivos, que atendem 43,7 milhões de usuários. O setor demonstra forte desempenho financeiro, registrando lucro líquido de R$ 6,9 bilhões no primeiro trimestre de 2025, mais que o dobro do mesmo período em 2024.
O reajuste não se aplica a planos coletivos, sejam empresariais ou por adesão, que representam a maior parte do mercado. Esses contratos têm os percentuais definidos diretamente entre operadoras e contratantes, sem limitação estipulada pela ANS.
Segundo a agência, o cálculo do reajuste considera, além da variação de custos dos serviços de saúde, a frequência de uso pelos beneficiários. Por esse motivo, o percentual não é diretamente vinculado ao IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), índice oficial de inflação do país, que acumulou alta de 4,83% em 2024 e de 5,32% nos 12 meses encerrados em maio de 2025, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O reajuste autorizado pela ANS é inferior ao aplicado em 2024, que foi de 6,91%, e representa a menor taxa desde 2021, quando houve redução de -8,19% nos contratos. Naquele ano, os custos assistenciais caíram devido à redução na procura por serviços durante a pandemia de Covid-19.
Dados da ANS indicam que, em abril de 2025, o Brasil registrava 52,3 milhões de beneficiários de planos de assistência médica. Desse total, 8,6 milhões (16,5%) possuíam contratos individuais ou familiares. As demais modalidades, incluindo planos coletivos empresariais e por adesão, concentravam 43,7 milhões de usuários (83,5%).
Os planos individuais e familiares são contratados diretamente por pessoas físicas e podem incluir dependentes. Já os coletivos são firmados por empresas ou entidades como sindicatos e associações.
O setor de saúde suplementar enfrenta críticas frequentes de usuários, envolvendo questões como reajustes e cancelamentos de contratos. Por outro lado, operadoras apontam aumento dos custos com a incorporação de novas tecnologias e maior demanda por atendimentos, reflexo do envelhecimento da população.
No primeiro trimestre de 2025, o setor registrou lucro líquido de R$ 6,9 bilhões, mais que o dobro do apurado no mesmo período de 2024 (R$ 3,1 bilhões), conforme dados divulgados pela ANS.