Greve dos caminhoneiros "reforçou" queda no setor de serviços em MS
Apesar de negativo (-5,8%), o resultado melhorou com relação a 2017, quando o setor registrou (-8,8%)
O volume de serviços prestados em Mato Grosso do Sul no mês de maio de 2018 fechou com -5,8%, uma redução na queda de 3,4% com relação ao mesmo período de 2017, quando o setor marcou -8,8%. Os dados são do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que pontua a greve dos caminhoneiros - com duração de 11 dias no Estado - responsável por manter o saldo negativo.
Regionalmente, 23 dos 27 estados assinalaram retração no volume dos serviços em maio de 2018. No Brasil, o volume de serviços registrados em maio foi de -3,8%, contra -1,9%, em 2017.
Segundo o IBGE, este foi o resultado negativo mais intenso da série histórica, iniciada em janeiro de 2011, fortemente influenciado pela greve dos caminhoneiros, que durou 11 dias no final de maio.
A pesquisa não traz indicadores de serviços específicos para Mato Grosso do Sul, no entanto, conforme o Instituto, o recuo do volume de serviços foi acompanhado pelas cinco atividades investigadas, com destaque para transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio, que apontou a retração mais intensa (-9,5%) da série histórica iniciada em janeiro de 2011.
Em relação a maio de 2017, o volume do setor de serviços assinalou retração de 3,8%, com resultados negativos em todas as cinco atividades de divulgação e em 62,0% dos 166 tipos de serviços investigados.
Entre as atividades, os transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-7,8%) tiveram o principal impacto negativo sobre o índice global, pressionados, sobretudo, pela greve dos caminhoneiros. Os demais recuos vieram de serviços profissionais, administrativos e complementares (-3,0%), serviços de informação e comunicação (-1,4%), outros serviços (-1,7%) e de serviços prestados às famílias (-1,3%).
O transporte terrestre também alcançou a taxa negativa mais baixa da série (-15,0%) em maio. Os demais resultados negativos vieram dos segmentos de serviços profissionais, administrativos e complementares (-1,3%), de outros serviços (-2,7%), de serviços de informação e comunicação (-0,4%) e de serviços prestados às famílias (-0,3%).
O acumulado do ano caiu 1,3%, com taxas negativas em quatro das cinco atividades e em 58,4% dos 166 serviços investigados. Entre as atividades, os serviços de informação e comunicação (-2,7%) exerceram o principal impacto negativo sobre o índice global. As outras influências negativas foram: serviços profissionais, administrativos e complementares (-1,8%), serviços prestados às famílias (-1,5%) e transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-0,2%). O único impacto positivo veio de outros serviços (2,5%).
Confira os dados de 2017 e 2018, nas tabelas abaixo: