Preço da carne "salga" compras de fim de ano e consumidores reduzem quantidade
Pesquisa e ceias mais simples são estratégias usadas por quem busca economizar
Para consumidores, a carne tem deixado as compras de fim de ano mais “salgadas” do que em 2024. Quem esteve em supermercados nesta terça-feira (30) contou ao Campo Grande News que precisou reduzir a quantidade de itens para conseguir economizar.
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Consumidores de Campo Grande relatam aumento significativo no preço das carnes durante as compras de fim de ano. Em supermercados do Bairro Tiradentes, clientes enfrentaram filas no açougue e precisaram reduzir a quantidade de itens para economizar. Além da carne, produtos como legumes, frutas e pescados também apresentaram alta nos preços. Para driblar os aumentos, consumidores adotaram estratégias como pesquisar preços em diferentes estabelecimentos, dividir pratos em comemorações familiares e reduzir a quantidade de itens nas compras.
No Bairro Tiradentes, o movimento já era grande nas primeiras horas da manhã, com fila no açougue, indicando a procura concentrada por carnes. O eletricista Ivan Fernandes, de 54 anos, relata que em sua casa apenas os itens mais perecíveis, como carnes, legumes e frutas, ficaram para a ida ao mercado nesta manhã.
“Acho que a carne foi o que mais pesou na compra deste final de ano. É variável, cada ano tem um custo, mas acredito que este ano está um pouquinho mais caro”, comentou enquanto escolhia itens para a sobremesa.
Para a servidora pública Vera Lucia Carvalho, de 68 anos, a carne foi o principal fator de aumento, mas outros produtos também contribuíram para “salgar” a conta. Na tentativa de aliviar o bolso, ela percorreu 3 mercados para pesquisar preços e pretende voltar às compras nesta quinta-feira (31), véspera de Ano Novo.
“Este ano o que ficou mais salgado foi o preço da carne e também dos legumes. Tive que reduzir a quantidade de produtos porque aumentaram outras coisas que também são essenciais, como luz e água. Então, este ano vai ser um pouquinho mais magro”, contou.
Outra que sentiu o peso do açougue foi Elizabeth Lemes, de 75 anos. A aposentada afirma que o impacto também chegou aos pescados, como bacalhau e atum. “O bacalhau que a gente gostava tanto e o atum subiram exageradamente. A gente comia muito atum, mas agora não dá mais, está muito caro”, afirmou.
Na casa dela, a comemoração de fim de ano será reduzida apenas para 6 pessoas. “Minha filha trabalha no mercado, então é ela quem faz as compras. Nós já passamos o Natal e agora vamos ficar em casa, com uma ceia mais simples”, disse.
No Natal, a família de Elizabeth optou por dividir os pratos da ceia para economizar. “A gente foi para a chácara da minha cunhada e cada um levou um prato. Assim, não ficou pesado para ninguém”, relatou.
Aparecida Leonardo, de 67 anos, também aponta a carne como a “vilã” das compras. No entanto, ela e a família decidiram não reduzir a quantidade. “Está mais caro do que no ano passado. Estamos conseguindo comprar a mesma quantidade, mas precisamos gastar mais dinheiro”, afirmou.
No Bairro Jardim Noroeste, o cenário era diferente nas primeiras horas da manhã: o movimento era menor, com poucos clientes circulando pelos corredores. Foi ali que o aposentado Lorival Alves, de 71 anos, fez as compras dos últimos itens para a ceia da virada, em um supermercado na Rua Vaz de Caminha.
“A gente comprou quase tudo na semana passada, no Natal, mas deixou os perecíveis para agora. Sentimos que a comida está aumentando o preço das compras, e a carne é o pior de todos. Em comparação com o ano passado, teve muito aumento. Só o salário que não aumenta na mesma proporção”, concluiu.
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