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Comportamento

Aos 70 anos, Clóvis pedala recolhendo "criptolatinhas" na cidade

Aposentado pedala cerca de 60 km por dia e transformou reciclagem em passatempo criativo

Por Clayton Neves e Gabi Cenciarelli | 14/09/2025 13:45
Aos 70 anos, Clóvis pedala recolhendo "criptolatinhas" na cidade
Clóvis tem 70 anos e pedala cerca de 60 km por dia. (Foto: Paulo Francis)

Pelas ruas de Campo Grande, o ciclista Clóvis Rogério de Oliveira, de 70 anos, dificilmente passa despercebido com uma pequena caixa preta amarrada na garupa. Nela, em letras amarelas, está escrito: “criptolatinhas”.

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Aposentado de 70 anos pedala 60 km por dia recolhendo latinhas em Campo Grande. Clóvis Rogério de Oliveira batizou sua caixa de coleta de "criptolatinhas", inspirado pelas criptomoedas, e transformou a atividade em um meio de manter a saúde física e mental. Clóvis percorre as ruas da cidade de bicicleta, coletando latinhas que depois vende em um ponto fixo na Avenida Tamandaré. Apesar de o retorno financeiro não ser expressivo, ele considera a atividade benéfica para aliviar o estresse, se exercitar e contribuir com o meio ambiente.

O nome chama a atenção e arranca sorrisos. “É porque não tem a criptomoeda. Então, criptolatinha porque a latinha hoje vale dinheiro”, explica com bom humor.

A ideia surgiu em março deste ano, depois de ouvir tanta gente falar sobre criptomoedas. “Eu falei: ‘Ah, vou criar cripto latinha, porque latinha vale ouro”, conta. E assim, com leveza e criatividade, o aposentado deu novo sentido ao tempo livre recolhendo as latinhas que encontra pelo caminho.

Aos 70 anos, Clóvis pedala recolhendo "criptolatinhas" na cidade
Cixa na garupa é coletor das 'criptomoedas'. (Foto: Paulo Francis)

Depois de encerrar a vida profissional, Clóvis percebeu que a rotina poderia se tornar pesada se ficasse apenas em casa. “Quando a gente se aposenta, fica naquele cotidiano estressante. Aí eu resolvi dar uma aliviada no estresse e sair juntando latinha. Todos os dias”, diz.

Enquanto muita gente da idade prefere o descanso, ele não abre mão de se manter em movimento. “Eu não tenho muito essa opinião de ficar deitado nem sentado. Eu gosto de estar movimentando. Eu procuro fazer qualquer coisa", relata.

E esse “qualquer coisa” se traduz em pedaladas longas. Só na coleta de latinhas, ele percorre, em média, 60 quilômetros por dia, entre manhã e tarde. “Tem que manter a saúde”, avalia.

Aos 70 anos, Clóvis pedala recolhendo "criptolatinhas" na cidade
Depois da aposentadoria, ciclista não quis perder o pique. (Foto: Paulo Francis)

Na caixa da “criptolatinha” cabem até 130 unidades já amassadas. O valor arrecadado depende da cotação do alumínio, que varia entre R$ 8 e R$ 10 o quilo. “Aí você tem que procurar quem está pagando mais”, revela.

O ponto fixo de entrega fica na Avenida Tamandaré, mas o esforço vai muito além da venda. “Se a pessoa for viver disso, não dá nada, não. Mas dá para aliviar a cabeça, manter a saúde e ainda ajudar o meio ambiente”, finaliza.

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