Matheus tenta com a ilustração resgatar a doçura que falta na vida
Autodidata, jovem de 22 anos começou a desenhar ainda quando criança e nunca mais parou
O campo-grandense Matheus Ferreira, de apenas 22 anos, encontrou no lápis e na tela digital uma forma de falar o que vai por dentro. Ilustrador desde criança, Matheus é autodidata. Para ele, arte é, acima de tudo, uma extensão dos próprios sentimentos. “A arte que eu faço é muito emocional. A gente precisa ver de um ponto de vista de aconchego”, define.
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Os traços delicados e cheios de personalidade chamam atenção pelo estilo, e segundo Matheus, as obras são algo íntimo. “Quando eu desenho, é como se minha criança interior estivesse fazendo”, descreve.
O jovem conta que desde muito novo já demonstrava o impulso natural de desenhar. “Acho que todo mundo quando é criança gosta de desenhar. A diferença é que eu não parei”, conta.
E por não parar, ele amadureceu técnica que mistura referências de infância com a leveza do cartoon. Entre suas inspirações estão desenhos animados como Pokémon, Hora de Aventura e Steven Universe, da criadora Rebecca Sugar, uma das suas referências. “Ela é uma inspiração pra mim em alguns sentidos”, revela.
Matheus começou a levar seus desenhos mais a sério na adolescência, quando passou a buscar um estilo próprio. Deixou para trás os traços genéricos de anime e começou a desenhar com mais intenção. “Eu queria fazer uma coisa própria, fui desenvolvendo isso e tendo minhas inspirações”, relata.
Com ilustrações digitais e dezenas de desenhos tradicionais guardados, ele participou de desafios como o Inktober, em que artistas se propõem a criar uma arte por dia durante todo o mês de outubro. “Já devo ter feito umas três vezes esse desafio”, lembra.
Para ele, esse tipo de iniciativa reacende a vontade de produzir e manter viva a prática do desenho, ainda que hoje ela precise dividir espaço com a rotina de trabalho. “O desenho é meu hobby. Eu trabalho em uma gráfica como arte-finalista, então o que eu faço como ilustrador vai ficando como atividade paralela”, explica.
Mesmo sendo algo que o preenche profundamente, Matheus ainda não transformou a arte em profissão. “Hoje pelo menos está como um sonho. É difícil ter reconhecimento de um jeito que te dê um impulso pra fazer e investir mais”, lamenta.
Ainda assim, ele segue publicando nas redes sociais as obras que cria e sente orgulho. “Eu antes me envergonhava. Hoje, sempre posto quando eu sinto que finalizei alguma coisa”, pontua.
Os desenhos são também uma tentativa de resgatar um tipo de doçura que parece escassa nos dias atuais. “É legal poder levar essa mensagem de leveza”, comenta.
Para ele, a arte tem o poder de aliviar, de consolar e acalmar. E, mais do que técnica, esse talvez seja o traço mais bonito de sua obra. “A arte funciona pra mim como um alívio. É assim que ela deve crescer na maior parte das vezes”, finaliza.
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