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Comportamento

Meirieli sobreviveu para ter o filho nos braços 10 dias após o parto

Mãe precisou ficar intubada após complicações e o encontro entre mãe e filho emocionou em hospital

Por Natália Olliver | 10/06/2025 11:25
O nascimento prematuro do terceiro filho do casal Meirieli Peres Pimentel e Luciano Pimentel de Mello virou a vida dos dois de cabeça para baixo. José Felipe veio ao mundo com 34 semanas, mas o encontro do filho com a mãe só aconteceu 10 dias depois do parto. Além da gravidez de alto risco, Meirieli teve complicações durante a cirurgia, precisou ficar entubada e quase não resistiu.

Apesar do medo e da angústia pela situação, a história teve final feliz para a família que veio de Costa Rica, a 300 kg da Capital, para ter o bebê no Hospital Regional. Ansiosa para enfim ver o rostinho do filho e sem poder ir até onde ele estava, funcionários da unidade resolveram levar o bebê até o quarto da mãe. O momento foi registrado e comoveu quem estava perto.

O Labo B conheceu o casal dias depois, durante um passeio feito pelos profissionais e os país de bebês prematuros usando o método canguru. Eles contaram como foi passar pelo momento complicado e como foi o momento de conhecer José.

Neste sábado o Campo Grande News contou um pouco sobre a técnica que aproxima e estreita os laços entre os bebês e os pais.  para saber mais clique aqui.
Meirieli sobreviveu para ter o filho nos braços 10 dias após o parto
Casal ficou no Hospital Regional com filho por mais de um mês (Foto: Juliano Almeida)
“Vim encaminhada de lá porque minha bolsa rompeu com 32 semanas. Lá não tem todo o suporte. A gente segurou o bebê por 11 dias até completar 34 semanas e quando fui ter o parto tive mais uma surpresa, tinha a placenta acreta, tive complicação, fiquei entubada, tive uma hemorragia muito forte e tive que tirar o útero, fiquei uma semana entubada e mais dois dias em observação, quase morri. Foi um milagre de Deus, fiquei pelos aparelhos e medicamentos. Quase não estou aqui para contar a história”.
 

Quem segura o filho enrolado ao corpo é o marido. Os dois caminham na frente do hospital para pegar sol e estreitar os laços com o pequeno através do método. Inclusive, Meiriele conta que chegou a ficar um mês sem ver a luz do dia por estar no quarto cuidando do bebê 24h.

“Só conheci o rostinho dele 10 dias depois, foi angustiante porque estava na UTI e lá a gente perde a noção do tempo. Tive delírios de que ele não estava bem com medicamento muito forte. Ver o rostinho dele foi um alívio é foi muito emocionante”.

Luciano acrescenta que o casal está junto há 11 anos e que teve medo que a esposa não aguentasse. “Foi bem difícil tudo o que aconteceu com ela, pela complicação UTI. Foi tudo muito complicado. Depois que saiu de lá ainda teve que fazer uma nova cirurgia que foi mais difícil ainda. Bateu muito medo”.
Meirieli sobreviveu para ter o filho nos braços 10 dias após o parto
Método Canguru é usado para aproximar o bebê prematuro dos pais (Foto: Juliano Almeida)

Meirieli explica que apesar de saber que não seria uma gestação fácil, porque desde o início da teve complicação, ela não imaginava que teria tantas complicações.

“Eu me preocupava com ele, em nascer bem mais prematuro. Graças a Deus e a equipe do hospital a gente conseguiu. Ficar tanto tempo no quarto de hospital é angustiante, fiquei mais de um mês sem ver a luz do sol, é bem difícil. O psicológico da gente fica muito abalado. Inclusive acho que isso é a maior dificuldade. A saudade das outras filhas que ficaram na Costa Rica, mais de um mês longe, isso pega”.

Apesar de tudo o que passaram José está saudável e ganhou peso suficiente para deixar o hospital nesta segunda-feira. "Ele está ótimo não teve que fazer medicação nem nada. Era só questão de aprender a mamar porque como fiquei muito tempo longe dele demorou para pegar o peito".

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