ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram Campo Grande News no TikTok Campo Grande News no Youtube
SETEMBRO, SEXTA  05    CAMPO GRANDE 23º

Consumo

Brenda faz as próprias roupas, da saia de jornal à jaqueta colorida

Artista transformou peças usadas em modelos únicos com moda sustentável

Por Natália Olliver | 05/09/2025 08:25
Brenda faz as próprias roupas, da saia de jornal à jaqueta colorida
Moda sempre esteve na vida de Brenda mas negócio nasceu em 2019 (Foto: Arquivo pessoal)

Cansada de ter as mesmas roupas que todo mundo, Brenda Rubya Moreira Gonçalves, de 32 anos, resolveu criar as próprias. O objetivo era fazer algo que misturasse estilos sem rotular nada. Hoje ela costura e pinta partes de jaquetas, bolsas e saias. O primeiro contato dela com a pintura foi aos 12 anos, mas a marca chamada “Brisa” só nasceu em 2019.

RESUMO

Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!

Brenda Rubya, 32, criou a marca "Brisa" em 2019, customizando roupas e acessórios com pintura e costura. Seu objetivo é produzir peças únicas que misturam estilos, buscando inspiração em diversas fontes, como sites de moda e o cotidiano. A artista iniciou na pintura aos 12 anos e, durante a pandemia, deixou o emprego como vendedora de óculos para se dedicar à customização. Apesar da paixão pela moda sustentável, utilizando retalhos e peças antigas para criar novas roupas, Brenda enfrentou dificuldades para viver exclusivamente da arte. Mesmo após se mudar para São Paulo, precisou retornar ao mercado de trabalho tradicional. Suas criações, que considera autênticas e com personalidade, têm um público específico, geralmente artistas, e os preços variam entre R$ 150 e R$ 500, dependendo da complexidade e materiais utilizados.

Ela conta que a moda sempre esteve presente na vida dela e que a vontade de mexer com isso só cresceu ao longo dos anos. Mais velha, durante a pandemia, largou o emprego para se aventurar no universo da customização e aprender a costurar de fato.

“Saí do meu emprego na época e usei o dinheiro para estudar e comprar tudo. Acabei lançando minha marca no final do ano, bem ali na pandemia. E comecei a estudar os mais diversos tipos de opções em tecido, pinturas, técnicas, e eu me apaixonei pela moda sustentável. Então eu ganhava peças ou retalhos e fazia uma nova peça.”

Brenda faz as próprias roupas, da saia de jornal à jaqueta colorida
Peças feitas pela artistas custasm de R$150 a R$500 (Foto: Arquivo pessoal)

Antes da mudança, ela era vendedora de óculos. A realidade do empreendedorismo não ajudou a artista a viver só do trabalho manual. Mesmo mudando para São Paulo, logo ela teve que voltar ao mercado convencional e retornar à capital.

“Mas no final de tudo é muito difícil viver só de arte. Gosto do fato de que ninguém mais tem as roupas, são peças únicas e bem diferentes do que encontramos na cidade. Gosto mais da parte da pintura no tecido. Tento sempre colocar minha logo na peça, pintando ela de formas diferentes. Eu pego referência de tudo, eu acho: nos sites de moda, no nosso dia a dia”, comenta.

Brenda considera a marca autêntica e de personalidade. Ela ressalta que o público que compra é bem específico e fora do padrão.

Brenda faz as próprias roupas, da saia de jornal à jaqueta colorida
Brenda faz as próprias roupas, da saia de jornal à jaqueta colorida
Jaqueta jeans com novas mangas e saia de jornal são uma das peças feitas pela artista (Foto: Arquivo pessoal)

“Não vai ser qualquer pessoa que vai usar, geralmente artistas também. O custo vai pelo trabalho que ela necessita, o custo de matéria-prima, quantas técnicas tenho que usar. Vai de R$ 150 a R$ 500. Fazer uma roupa de upcycling (uma peça feita a partir da transformação de materiais ou roupas já existentes) demanda muito mais tempo e planejamento do que fazer uma peça do zero”, ressalta.

A artista acrescenta que chegou a trabalhar em um ateliê e que a costureira ajudou a enxergar  um olhar mais técnico para o trabalho que ela já desenvolvia. "Sempre fui chata com roupa, hoje se eu não faço pra mim eu compro em brechó. Modifico e trago algo só meu. E eu sou muito a favor da moda sustentável, então não invisto em fast fashion".

Acompanhe o Lado B no Instagram @ladobcgoficial, Facebook e Twitter. Tem pauta para sugerir? Mande nas redes sociais ou no Direto das Ruas através do WhatsApp (67) 99669-9563 (chame aqui).

Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para entrar na lista VIP do Campo Grande News.