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Diversão

Cavalos como tratamento: veja onde praticar equoterapia na Capital

Prática auxilia no desenvolvimento físico e intelectual de pessoas com deficiência, idosas e com autismo

Por Natália Olliver | 01/11/2025 07:33
Cavalos como tratamento: veja onde praticar equoterapia na Capital
Polícia Militar tem aulas gratuitas para crianças a partir dos 3 anos (Foto: Polícia Militar)

A prática da equoterapia, que utiliza o cavalo como ferramenta terapêutica para o desenvolvimento tanto físico quanto emocional de pessoas idosas, com deficiência física e intelectual, tem se popularizado nos últimos anos, mas muita gente ainda não sabe para que serve e onde encontrar na Capital. Por isso, vamos te ajudar.

RESUMO

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A equoterapia, tratamento terapêutico que utiliza cavalos para desenvolvimento físico e emocional, ganha espaço em Campo Grande. A Polícia Militar de Mato Grosso do Sul oferece o serviço gratuitamente no Parque dos Poderes, com atendimento a 150 pessoas e previsão de expansão para 200 vagas em 2024. O tratamento beneficia pessoas com deficiência física e intelectual, melhorando mobilidade, equilíbrio e aspectos emocionais. Na capital, além do serviço público, existem opções particulares como a Escolinha 38 e a EcoterapiaMS, com mensalidades entre R$ 400 e R$ 1.125, dependendo da frequência das sessões.

 A empresa Montana Academia Equestre será responsável por implementar um polo de equoterapia, mas ele vai passar bem longe da Capital, sendo voltado para a cidade de Naviraí. O projeto está orçado em R$ 478.445 mil e terá 30 vagas. A novidade foi publicada no Diário Oficial do Estado nesta quinta-feira (30).

De acordo com a empresa, que já presta o serviço em Campo Grande de maneira paga, há possibilidade de ampliação conforme a demanda. “As atividades terão início no município, e novos núcleos estão sendo planejados para outras cidades do interior, selecionadas de acordo com critérios de necessidade e público atendido”, explicou.

O projeto, desenvolvido em parceria com a Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul) e a Secretaria de Cidadania do Estado, começa a funcionar em novembro. O planejamento ainda está sendo estruturado, tanto em relação ao local onde serão oferecidas as aulas quanto à seleção de profissionais.

Cavalos como tratamento: veja onde praticar equoterapia na Capital
Equoterapia ajuda a melhorar atividade física e intelectual dos alunos (Foto: Polícia Militar)

Mas onde tem de graça em Campo Grande?

Na PMMS (Polícia Militar de Mato Grosso do Sul). O projeto acontece no Parque dos Poderes. O sucesso é tanto que há fila de espera pelas aulas. De acordo com o responsável, Vanderlei Roberto Lorenzetti, Tenente Coronel, a fila é zerada todos os anos. A expectativa é que, no próximo ano, o número de atendimentos passe de 150 para 200.

Atualmente, o Centro de Equoterapia realiza as aulas nos períodos matutino e vespertino, voltadas principalmente para pessoas com deficiência e em situação de vulnerabilidade social. Cada participante tem direito a uma sessão semanal. A idade mínima para a prática é de 3 anos.

As atividades contam com cinco cavalos e materiais adaptados, como selas, mantas, cabeçadas completas e instrumentos lúdicos utilizados durante as práticas. As sessões acontecem em locais apropriados, como o picadeiro coberto, a pista de hipismo com ou sem obstáculos e também em áreas externas do Parque das Nações Indígenas.

O cronograma de atendimentos é de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 11h30 e das 13h às 17h. Cada sessão dura 40 minutos, com intervalos de 10 minutos entre elas.

Cavalos como tratamento: veja onde praticar equoterapia na Capital
Para participar das aulas da PM é preciso preencher ficha e esperar análise (Foto: Polícia Militar)

Entre os principais benefícios da equoterapia estão: melhora da mobilidade articular e amplitude de movimento; fortalecimento muscular e aprimoramento da coordenação motora fina e grossa; desenvolvimento do equilíbrio corporal e da inteligência emocional; estimulação cognitiva, aumento da capacidade de concentração e foco de atenção; apoio pedagógico e ganhos significativos no aspecto social e afetivo.

O coordenador ressalta que o convívio com o cavalo proporciona leveza, acolhimento, desafios e superação, despertando sentimentos de confiança, autonomia e bem-estar nos praticantes.

“O resultado é acima da média, até porque nossos praticantes são acolhidos num ambiente muito diferente de consultório. Não tem aquele ambiente pesado e temeroso. Aqui é ambiente de natureza e tem o envolvimento direto do cavalo como peça fundamental. Em síntese, o PcD participa ativamente da sua terapia sem pestanejar, pois cavalo x praticante x equipe equoterápica agindo harmonicamente produz um resultado positivo.

Ele acrescenta que independente da patologia de base, a prática de equoterapia irá resultar, no mínimo, em melhoramento na qualidade de vida do praticante e da sua família.

Quem ficou interessado em participar no próximo ano precisa fazer uma ficha de inscrição, disponível por esse número pelo número (67) 99987-9776. Nela deve conter os problemas de saúde que o candidato possui e também se a atividade é adequada para ele.

No caso, são pessoas com artrogripose, craniotomia, osteogênese imperfeita com fraturas frequentes, escoliose significativa acima de 30º (é contraindicado); fusão ou fixação cirúrgica de coluna ou outra articulação; instabilidade atlantoaxial (enviar RX); luxação ou subluxação de quadril.

Além desses, osteoporose de moderada a severa e alterações significativas da cifose ou lordose com desencadeamento de dor ao realizar atividades físicas.

O uso do capacete de hipismo com queixeira é obrigatório, exceto em casos excepcionais determinados pelo mediador. O praticante pode adquirir o seu ou utilizar um emprestado pelo Centro de Equoterapia, desde que use uma touca própria para evitar contaminações.

Como medida de segurança, é obrigatório o uso de calça comprida de tecido confortável e calçado fechado, como tênis ou bota. Não são permitidos shorts, saias, bermudas, sandálias, chinelos ou calça jeans justa, exceto quando a patologia exigir.  O candidato será selecionado após análise da ficha de inscrição.

Escolas particulares

Uma das opções que responderam à reportagem é a Escolinha 38. Ela é especialista em ensino de equitação lúdica e laço comprido, e a partir de 2026 terá atendimentos de equoterapia.

Há um ano, a empresa está com a sede dentro da Acrissul. As aulas têm duração de 50 minutos e podem ser particulares ou em pequenos grupos, com no máximo 4 a 5 alunos.

O pacote com 2 aulas por semana custa R$ 400 por mês e 3 vezes por semana, R$ 550. A aula experimental sai por R$ 50. A escola atende alunos de 8 meses a 83 anos, sempre com acompanhamento de instrutores experientes. Mais informações pelo número (67) 99123-5230. A escolinha está localizada na Rua Américo Carlos da Costa, 320, na Vila Carvalho.

Outra opção é a EcoterapiaMS – Centro de Equitação, especializada em equitação terapêutica e atendimento individualizado para pessoas de todas as idades, a partir de 1 ano, com atenção especial para crianças com autismo.

As aulas promovem desenvolvimento físico, emocional e social, estimulando coordenação motora, confiança e interação, especialmente para crianças a partir de 8 anos. Os planos de atendimento variam de acordo com a frequência: uma vez por semana, de R$ 585 a R$ 650; duas vezes por semana, R$ 855; e três vezes por semana, R$ 1.125.

Cada sessão é cuidadosamente planejada para unir aprendizado, cuidado, diversão e conexão com os cavalos. Mais informações pelo telefone (67) 9944-3736. A escola fica localizada na Estrada NE-5, 626,  no bairro Chácara dos Poderes.

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