Prefeitura decreta corte de salários e reduz expediente a partir de segunda
Prefeita, vice e secretários terão vencimentos 20% menores; repartições passam a funcionar das 7h30 às 13h30
A partir de segunda-feira (3), as repartições públicas municipais de Campo Grande irão funcionar em horário reduzido, das 7h30 às 13h30, nos dias úteis, até 28 de fevereiro de 2026, conforme decreto publicado na sexta-feira (31) no Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande). O texto também oficializa o corte de 20% nos salários da prefeita Adriane Lopes (PP), da vice-prefeita Camila Nascimento (Avante), do secretariado e de cargos do alto escalão.
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A Prefeitura de Campo Grande anunciou a redução do expediente nas repartições públicas municipais, que funcionarão das 7h30 às 13h30, a partir de segunda-feira (3), até fevereiro de 2026. A medida exclui serviços essenciais como escolas e unidades de saúde, que manterão horário normal. O decreto também oficializa corte de 20% nos salários do alto escalão, incluindo prefeita, vice-prefeita e secretários. A prefeita Adriane Lopes terá redução de R$ 26.943,05 para R$ 21.554,44. As medidas visam reequilibrar as finanças municipais, após os gastos com pessoal ultrapassarem o limite legal, atingindo 57,73% da Receita Corrente Líquida.
Segundo o Portal da Transparência, o salário bruto da prefeita é de R$ 26.943,05, o da vice-prefeita R$ 22.334,53 e o dos secretários R$ 19.028,90. Com o corte de 20%, as remunerações passam a R$ 21.554,44, R$ 17.867,62 e R$ 15.223,12, respectivamente.
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As mudanças já haviam sido anunciadas pela prefeita na manhã de quinta-feira (31), durante reunião com o secretariado no Paço Municipal, e foram oficializadas horas depois. Em nota, a assessoria de comunicação informou que as medidas integram a reforma administrativa em curso desde janeiro, “voltada ao reequilíbrio financeiro e à recuperação da capacidade de investimento do município”.
O decreto de contingenciamento, publicado em março e agora prorrogado pela terceira vez, estabelece que o atendimento ao público será apenas no período matutino. Chefes e diretores poderão trabalhar internamente até as 17h, porém o decreto proíbe qualquer pagamento adicional por esse trabalho extra, incluindo horas extras, plantões, gratificações ou vantagens equivalentes.
Ficam de fora da mudança os serviços essenciais, como as escolas da Reme (Rede Municipal de Ensino) e as Unidades Municipais de Saúde, que continuarão com o expediente normal. Órgãos com funcionamento especial, por conta da natureza de suas atividades, poderão fixar horários próprios por meio de ato específico de cada secretaria, fundação ou autarquia.
Além dos cortes salariais e da redução de expediente, o decreto mantém a exigência de redução mínima de 25% nos gastos com água, energia, impressão, combustíveis e serviços terceirizados. Cada órgão deverá apresentar relatórios comprovando as economias obtidas para permitir o monitoramento das metas e o compartilhamento de boas práticas entre secretarias.
Em nota, a Prefeitura afirmou que “as medidas austeras são fundamentais para a eficiência da máquina pública em benefício da população, para preservar empregos, manter salários em dia, assegurar serviços e viabilizar investimentos nas áreas prioritárias”.
Conforme noticiado anteriormente, a previsão é que as medidas de contenção de gastos sejam mantidas em 2026. A decisão ocorre após o Executivo ultrapassar o limite de gastos com pessoal previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal (54%), atingindo 57,73% da Receita Corrente Líquida. Nos últimos 12 meses, a folha de pagamento somou R$ 3,022 bilhões, cerca de R$ 185 milhões acima do teto legal.
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