Montanha de garrafas pet toma conta de margens de córrego
Em vídeo é possível ver extensão do lixo jogado na mata e, logo adiante, córrego que recebe parte dos resíduos
RESUMO
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Descarte irregular de milhares de garrafas pet foi descoberto às margens do córrego Três Barras, na Estrada da Gameleira, em Campo Grande. O flagrante foi feito por um trabalhador que atua no controle de javalis, enquanto procurava um cachorro na região. A reportagem tentou acessar o local, mas encontrou dificuldades devido à mata fechada. O trajeto já apresentava quantidade significativa de lixo e mosquitos, indicando que o acúmulo de resíduos não é recente. A Polícia Militar Ambiental foi acionada para verificar a situação, mas ainda não há informações sobre os responsáveis pelo descarte irregular.
A Estrada da Gameleira, que dá acesso ao presídio da região e corta a área rural de Campo Grande, expõe um problema ambiental grave. Entre as duas pontes existentes ao longo da via, um trabalhador que atua no controle de javalis se deparou com uma cena alarmante. Milhares de garrafas pet à beira do córrego Três Barras.
Gustavo Ramirez contou que, enquanto procurava o cachorro de um amigo e caminhava cerca de 400 metros para dentro da mata, acabou encontrando as garrafas acumuladas. No vídeo enviado ao Campo Grande News, é possível ver a extensão do lixo jogado na mata e, logo adiante, o córrego que recebe parte desses resíduos.
A reportagem esteve no local indicado, mas não conseguiu alcançar o ponto exato por causa da mata fechada e da distância até a margem do córrego. Mesmo antes de chegar ao local onde as garrafas foram encontradas, o trajeto já revelava bastante lixo espalhado e grande quantidade de mosquitos, sinal de que o acúmulo de resíduos não é recente.
Até o momento, não há informações sobre como os dejetos foram descartados no local nem sobre quem seria responsável pelo despejo irregular.
A garrafa PET é um dos resíduos mais comuns no lixo urbano, e também um dos mais persistentes no meio ambiente. Embora seja leve, resistente e reciclável, quando descartada de forma inadequada ela representa um impacto ambiental de longo prazo: uma única garrafa pode levar de 400 a 500 anos para se decompor completamente na natureza.
A deterioração é lenta porque o PET (polietileno tereftalato) é um tipo de plástico derivado do petróleo, formado por moléculas altamente estáveis. Exposta ao sol, à chuva e ao vento, a embalagem sofre uma fragmentação gradual, quebrando-se em pedaços menores até virar microplásticos. Esses fragmentos acabam em rios, córregos, solos e, principalmente, nos oceanos, onde são ingeridos por peixes, aves e outros animais, causando danos irreversíveis à fauna.
O Campo Grande News solicitou informações à PMA (Polícia Militar Ambiental) para saber se há alguma verificação em andamento, denúncia registrada ou qualquer apuração relacionada à situação, e aguarda retorno da corporação.
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