Para pesquisador da Embrapa, situação não é de assustar
Em contraponto ao testemunho de pescadores, de que o estoque pesqueiro está cada vez menor no rio Paraguai, em Mato Grosso do Sul, o pesquisador Agostinho Catella, da Embrapa Pantanal, sediada em Corumbá, afirma que a não há com o que e assustar.
Embora diga que é fato que a pesca está “menos produtiva desde o ano 2000”, ele diz que, como o sistema é uma espécie de “mosaico”, não encontrar peixe em um trecho do rio não quer dizer que não haja em outro.
O pesquisador explica que, na região do Porto do Índio, onde esteve um grupo de pescadores entrevistado pelo Campo Grande News o rio estava muito cheio e, provalmente, os peixes já haviam descido para outra parte do rio.
Segundo o pesquisador, não houve o mesmo tipo de queixa na região do Porto da Manga, que é mais abaixo.
Além disso, afirma, nesta época do ano, quando já aconteceu a reprodução dos peixes, os cardumes estão dispersos, e não mais juntos, por isso é mais difícil mesmo encontrar peixes, principalmente considerando que há uma densidade muito maior de água.
Um outro fator que dificulta a pesca é que as chuvas de fevereiro e março lavam o campo e jogam uma grande quantidade de material orgânico no rio, diminuindo o oxigênio e afungentando os peixes, que procuram onde respirar melhor.
“O peixe não quer nem comer nesta época, ele quer respirar”.
O fato de ser um ano de previsão de cheia muito grande, segundo o pesquisador, é promissor para a pesca, pois pode aumentar o estoque de espécimes no rio.