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Meio Ambiente

Produtores têm até dia 20 para aderir e receber por área preservada no Pantanal

Programa de Pagamento por Serviços Ambientais encerra inscrições em agosto e paga até R$ 100 mil

Por Ângela Kempfer | 13/08/2025 17:21
Produtores têm até dia 20 para aderir e receber por área preservada no Pantanal
Vista aérea de área com boa cobertura vegetal no Pantanal (Foto: Divulgação/SOS Pantanal)

Os produtores rurais do Pantanal têm poucos dias para aderir ao PSA (Programa de Pagamento por Serviços Ambientais - Conservação e Valorização da Biodiversidade). O prazo termina em 20 de agosto. Quem for aprovado pode receber até R$ 100 mil por ano para manter o índice de vegetação nativa, além do que a lei exige.

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Produtores rurais do Pantanal têm até 20 de agosto para aderir ao Programa de Pagamento por Serviços Ambientais, que oferece até R$ 100 mil anuais para manutenção de vegetação nativa acima do exigido por lei. A iniciativa da Semadesc disponibiliza R$ 30 milhões para 2025. Para participar, as propriedades devem estar localizadas no Pantanal sul-mato-grossense, possuir CAR ativo e manter áreas preservadas além do mínimo legal. O programa paga R$ 55,47 por hectare, com possibilidade de recebimento por dois anos consecutivos, totalizando até R$ 300 mil por grupo econômico.

O edital, lançado pela Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), reserva R$ 30 milhões para 2025, o suficiente para proteger mais de 540 mil hectares de áreas naturais no Pantanal. O pagamento é de R$ 55,47 por hectare e pode ser recebido por até dois anos seguidos (2025 e 2026). Um mesmo grupo econômico pode somar até R$ 300 mil no período.

Para entrar, a fazenda precisa estar, no todo ou em parte, dentro do Pantanal sul-mato-grossense, ter Cadastro Ambiental Rural (CAR) ativo e apresentar vegetação nativa preservada acima do mínimo legal. Quem tiver licença para desmate também pode participar, desde que cancele a autorização — e, nesse caso, ainda recebe um bônus único que varia de R$ 15 mil a R$ 30 mil, dependendo do tamanho da área.

Segundo o diretor executivo do Instituto Taquari Vivo, Renato Roscoe, o programa é uma chance de unir produção e conservação. “O produtor recebe pelo que já cuida e pode usar o dinheiro para melhorar a propriedade, investir em tecnologia e seguir produzindo sem degradar”, afirma.

As inscrições são feitas pela plataforma Editais MS clicando aqui e a seleção leva em conta, além do tamanho da área preservada, fatores como presença de Reserva Legal, localização em corredores ecológicos e ações contra incêndios. O dinheiro vem do Fundo Clima Pantanal, criado pela Lei do Pantanal e abastecido com R$ 50 milhões.