Divergências sobre regimento interno acirram ânimos na CPI do Transporte
Após ser impedido de falar, Marquinhos Trad (PDT) protocola manifestação contra restrição
O clima tenso entre os parlamentares segue firme na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Transporte Coletivo de Campo Grande, que investiga a atuação do Consórcio Guaicurus. Nesta segunda-feira (5), o vereador Marcos Trad Filho, o Marquinhos Trad (PDT), protocolou uma manifestação oficial contra o que considera uma limitação indevida: a proibição de fazer perguntas durante as sessões da comissão.
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CPI do Transporte Coletivo de Campo Grande enfrenta clima de tensão interna. O vereador Marquinhos Trad (PDT) protocolou manifestação contra a proibição de fazer perguntas durante as sessões. A regra, que exige o envio prévio de questionamentos até às 11h do dia da audiência, é vista por Trad como uma limitação indevida que fere o Regimento Interno da Câmara e impede o esclarecimento de dúvidas surgidas durante os depoimentos. Outros vereadores não membros da CPI compartilham da insatisfação. O presidente da comissão, Dr. Lívio (União Brasil), justifica a regra como forma de organizar os trabalhos, alegando que o regimento impede a participação de vereadores não membros nos debates. A oitiva do diretor da Agetran, Paulo da Silva, foi adiada por motivo de saúde. Em seu lugar, foi ouvido José Mário Antunes, diretor da Agereg. As oitivas de auditores e outros membros da Agetran foram antecipadas.
No documento, de cinco páginas, Marquinhos contesta o prazo imposto para que vereadores que não fazem parte da CPI entreguem previamente suas perguntas — até às 11h do dia da audiência. Para ele, isso fere o Regimento Interno da Câmara Municipal e impede que dúvidas que surgem ao longo dos depoimentos possam ser esclarecidas.
"Na minha opinião, o regimento tenta evitar debate, mas não a livre manifestação. O relatório final vai ao plenário, onde todos os vereadores votam. Eu preciso ter segurança para decidir e, para isso, preciso tirar dúvidas que podem surgir durante a oitiva", declarou o vereador ao Campo Grande News.
Outros parlamentares que também não integram formalmente a CPI estavam presentes na sessão e reforçaram os bastidores de insatisfação. Diante disso, o presidente da comissão, vereador Lívio Viana Leite, o Dr. Lívio (União Brasil), explicou que a regra tem o objetivo de organizar os trabalhos.

"O regimento não permite que vereadores não membros participem dos debates. Para garantir que todos pudessem participar de alguma forma, enviamos o cronograma das oitivas com antecedência e pedimos que os questionamentos fossem enviados até as 11h do dia da audiência", justificou.
Mudança no cronograma - A oitiva prevista para hoje, com o diretor da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), Paulo da Silva, foi adiada após a apresentação de um atestado médico. No lugar dele, foi ouvido José Mário Antunes, diretor da Agereg (Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Campo Grande).
Com a alteração, os depoimentos do auditor-chefe de Planejamento, Giuseppe Bitencourt, e do auditor-chefe de Execução, Luiz Cláudio Pissurno Chaves, que ocorreriam em 12 de maio, foram antecipados para esta quarta-feira (7).
Também foram adiantadas as oitivas dos demais integrantes da equipe técnica da Agetran. Luiz Carlos Alencar Filho, fiscal de Transporte e Trânsito, e Henrique de Matos Moraes, auditor-chefe da Auditoria, agora prestam depoimento no dia 12 de maio, em vez do dia 14.
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