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Política

Em meio à "desarrumação", petistas cogitam apoio ao PMDB no 2º turno

Wendell Reis | 27/03/2012 12:23

Deputados do PT esperam definição para evitar que o partido seja derrotado em outubro na Capital

Pedro Kemp acha difícil um segundo turno entre PSDB e PMDB, mas acredita que o PT ficaria com o PMDB(Foto: Marlon Ganassin)
Pedro Kemp acha difícil um segundo turno entre PSDB e PMDB, mas acredita que o PT ficaria com o PMDB(Foto: Marlon Ganassin)

Os deputados do PT estão preocupados com a indefinição sobre a candidatura da oposição em Campo Grande. Isso porque, em meio a indefinições sobre candidaturas, alguns já temem que o partido volte a ter prejuízo nas eleições da Capital. A preocupação surge em meio à grande possibilidade do PDT, que se diz oposição, se aliar com o PMDB, em apoio ao deputado federal Edson Giroto (PMDB).

Os deputados do PT entendem que é preciso cuidado, e em meio a inúmeras hipóteses, cogitam até uma histórica aliança com o PMDB em um segundo turno, caso o adversário seja o PSDB. O deputado Pedro Kemp (PT) acredita que é difícil um segundo turno entre PSDB e PMDB, tendo em vista que são da mesma base eleitoral. Apesar disso, entende que em uma hipótese de segundo turno entre os dois adversários, o PT poderia apoiar Giroto, por conta da resolução nacional do partido que proíbe uma coligação com PPS e PSDB.

O deputado Paulo Duarte (PT) discorda do entendimento de Kemp, analisando que vivemos em um país com dimensões continentais, onde aqui no Estado, diferente do resto do País, o conflito entre PT e PMDB é maior do que a briga com o PSDB.

Paulo Duarte avalia que no momento o PT está desarrumado. Ele lembra que no ano passado tinha dito que o PMDB estava confuso, parecendo o PT em outras épocas. Mas, hoje, é o PT quem passa por dificuldades e o PMDB – fazendo questão de dizer que não importa os métodos – está unido.

“O PT corre um risco grande de diminuir de tamanho”, declarou Duarte, ressaltando que sair sozinho, sem apoio, seria soberba. Duarte acredita que a solução para o problema seja um critério onde todos concordem. Para exemplificar, lembra que em Corumbá esperou quatro meses para uma definição, o que mostra que só pesquisa não resolve o problema.

Paulo Duarte ressalta que Vander já declarou que tem vontade de ser candidato, mas deixou claro que não vai sair de “boi de pirata”. O deputado entende que a oposição precisa de paciência e acredita que Delcídio Amaral (PT) deve ficar atento, tendo em vista que a eleição de 2012 poder trazer consequências para 2014.

Já o deputado Cabo Almi (PT) acredita que o PMDB não está tão unido assim, desconfiando que os pré-candidatos preteridos pelo grupo, Luiz Henrique Mandetta (DEM) e Paulo Siufi (PMDB), não estão tão contentes com o processo. Confiante, o deputado acredita que se a oposição conseguir ir para o segundo turno, a eleição pode ter uma surpresa na Capital.

Almi entende que o melhor para a oposição seria o lançamento de dois candidatos, desde que ambos se comprometam a uma troca de apoio em um eventual segundo turno. O deputado também analisa que a aliança com o PSDB é possível, tendo em vista que a resolução do PT usa o termo “prioritariamente” e não obrigatoriamente para as definições locais.

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