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Política

Para Reinaldo, ‘furacão’ em Brasília pode ser positivo para o País

Governador acha que denúncias, delações e manifestações fazem parte para passar o Brasil a limpo

Mayara Bueno e Renata Volpe Haddad | 07/09/2017 11:57
Reinaldo Azambuja (PSDB), governador de Mato Grosso do Sul. (Foto: Marina Pacheco).
Reinaldo Azambuja (PSDB), governador de Mato Grosso do Sul. (Foto: Marina Pacheco).

É com tranquilidade que o governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), vê a enxurrada de denúncias e recentes informações no cenário brasileiro. No Dia da Independência, comemorado nesta quinta-feira, dia 7, o chefe do Executivo estadual disse que isto tudo acontece "porque o Brasil está sendo passado a limpo".

Reinaldo acompanhou o desfile comemorativo ao Dia da Independência, neste sábado, no Centro de Campo Grande.

"A gente precisa destas manifestações, das instituições, do regramento institucional que permite a ampla defesa". Nesta semana, veio à tona um áudio de quatro horas, em que o empresário dono da JBS, Joesley Batista, conversa com Ricardo Saud, sobre as definiões de sua delação premiada.

O diálogo levou o MPF (Ministério Público Federal) a abrir investigação interna que pode resultar na anulação da colaboração. Ontem, o ex-ministro Antônio Palocci detalhou o que chamou de "pacto de sangue" entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o empresário Emílio Odebrech.

São estes e demais fatos que Reinaldo diz ser situações que demonstram que o País está sendo passado a limpo. Voltou a dizer que as delações são importantes, mas que o problema é "macular e fazer condenações precipitadas".

Azambuja foi um dos citados na colaboração premiada da JBS, em maio deste ano. À ele e ao governo de MS, foi atribuída um suposto pagamento de propina em troca de benefícios fiscais.

Ainda a respeito da possibilidade de anulação da delação de Joesley, o governador disse que o fato mostra que nem tudo do que foi dito é verdadeiro. "Criou um ambiente agora para a gente continuar o rito normal das instituições e fortalecê-las para que a gente possa fazer a travessia de um momento difícil da politica nacional".

Agora, com "tudo à tona", cabe ao Judiciário decidir se prende ou não os delatores, afrima. "Eles têm a oportunidade. Eu não sou julgador, eu fui acusado. O Poder Judiciário brasileiro que tem nas mãos o regramento para denunciar".

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