Prefeita descarta antecipar 13º, mas garante pagamento em dia na Capital
“Eu também gostaria de adiantar, mas a gente tem outras situações sendo resolvidas", diz Adriane
A prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), descartou a possibilidade de antecipar parcelas do 13º salário, mas garantiu que os servidores municipais vão receber o benefício integral dentro do prazo previsto em lei. “Eu também gostaria de adiantar, mas a gente tem outras situações sendo resolvidas, então eu vou deixar para o prazo”, afirmou a chefe do Executivo municipal.
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A prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), confirmou que o pagamento do 13º salário dos servidores municipais será realizado integralmente dentro do prazo legal, até 20 de dezembro, descartando a antecipação de parcelas. A decisão difere da estratégia adotada pelo Governo de Mato Grosso do Sul, que já efetuou o primeiro pagamento. A medida está alinhada com o decreto de contenção de gastos da prefeitura, prorrogado até 31 de dezembro. O município enfrenta desafios fiscais, tendo ultrapassado o limite da Lei de Responsabilidade Fiscal com gastos de pessoal, que atingiram R$ 3,02 bilhões nos últimos 12 meses, representando 57,73% da receita corrente líquida.
A lei determina que, caso a metade do 13º não seja repassada em novembro, o valor integral deve ser depositado até 20 de dezembro. No ano passado, o município pagou os valores em parcela única, o que deve se repetir em 2025.
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A declaração de Adriane foi dada ao Campo Grande News em resposta a questionamento sobre o planejamento de fim de ano.
Com isso, a prefeitura garante que todos os pagamentos serão feitos dentro do prazo legal, mas sem seguir o modelo adotado pelo governo de Mato Grosso do Sul, que já pagou a primeira parcela no dia 25 de setembro. O mesmo vai ocorrer em Nova Alvorada do Sul (MS), que anunciou o depósito para o dia 15 de outubro.
A decisão reflete a prioridade do município em equilibrar as contas. Nesta semana, Adriane Lopes prorrogou até 31 de dezembro o decreto de contenção de gastos da prefeitura, publicado originalmente em março.
O texto mantém suspensos novas contratações, gratificações, diárias e aumento de carga horária de professores, além de exigir revisão de contratos e corte de pelo menos 25% em despesas de água, energia, combustíveis e impressões.
Essa é a segunda prorrogação da medida, adotada como “remédio amargo” para equilibrar as contas públicas. O esforço ocorre em meio a um quadro fiscal pressionado: nos últimos 12 meses, a prefeitura gastou R$ 3,02 bilhões com pessoal, o equivalente a 57,73% da receita corrente líquida, ultrapassando em R$ 185 milhões o limite da LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal). No mesmo período, a arrecadação foi de R$ 5,9 bilhões, com destaque para o ISS (Imposto sobre Serviços), de R$ 704 milhões, e o IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), de R$ 650 milhões.