Conheça BH, sua gastronomia, sua história e seus arredores
Uma cidade afetiva, cheia de atividades ao ar livre, culinária farta, gostosa e econômica, um povo receptivo e acolhedor, e com clima agradável. Assim, Belo Horizonte é praticamente uma unanimidade entre os brasileiros. A famosa BH virou capital de Minas Gerais no finalzinho do século 19. Antes, a sede do governo estadual era Ouro Preto. A construção de boa parte de seus prédios históricos se deu no auge dos estilos Art Nouveau e Art Déco, ou seja, sua paisagem arquitetônica vai da inspiração em formas naturais da cultura japonesa ao modernismo das formas geométricas que refletiam a tecnologia do pós-guerra.
Entre suas atrações turísticas imperdíveis estão o Conjunto Moderno da Pampulha, onde fica a Igreja São Francisco de Assis, o principal cartão-postal. Outra obra imperdível para fãs de arquitetura e, claro, de futebol é o histórico Mineirão, que também fica na Pampulha. O estádio foi inaugurado em1965 e já teve capacidade para receber mais de 130 mil torcedores, além de ter recebido jogos da Copa do Mundo de 2014.
O lendário Mineirão é um ícone do esporte no Brasil. É um atrativo de muita história, não apenas do futebol mineiro ou nacional, mas da própria cidade de Belo Horizonte. O projeto de construção, pronto desde 1940, antecedeu a sua inauguração em mais de 25 anos. Por tudo que representa historicamente, o atrativo vale a pena ser visitado, mesmo que você não seja apaixonado por futebol.
Se você é daquelas pessoas que gostam de comer, então BH é o lugar certo. É fato que a arquitetura urbana chama a atenção dos visitantes, mas o grande destaque de Belo Horizonte é a gastronomia. Esteja pronto para a comilança. O ótimo Mercado Central é um lugar interessante para dar início ao tour pelas comidinhas mineiras. Animado e colorido, o local conta com mais de 400 barracas. Vale investir nos queijos locais, principalmente os produzidos na famosa Serra da Canastra, localizada no sudoeste mineiro.
Mas é no bairro da Savassi que ficam os melhores restaurantes, bares e o suprassumo da vida agitada belorizontina. O Café com Letras, um lugar que mistura gastronomia, literatura e jazz, localizado na rua Antônio de Albuquerque. É destino de muita gente durante a semana para o almoço e durante o happy hour, quando a música ao vivo dá o tom. Já A Pão de Queijaria surfa no hype da iguaria mineira mais amada: o pão de queijo. Para uma experiência 100% mineira, há que se visitar o Xapuri, no norte da cidade, onde não faltam torresmo, frango com quiabo e cachaça – a carta é caprichada e as sugestões do garçom são mais que bem-vindas.
Os festeiros podem (e devem) programar uma ida à cidade durante o Carnaval, que conta com os famosos blocos de rua e desfiles de escolas de samba. Os fãs de bloquinhos não podem perder os desfiles do “Então, Brilha!”, que sempre abre o Carnaval belorizontino, e o “Bloco do Amor”, que puxa o cordão da folia em plena Savassi. As festas juninas de BH também são imperdíveis. O famoso Arraial de Belo Horizonte, que é organizado pela prefeitura, conta com shows de grandes nomes do sertanejo, concurso de quadrilha junina e, claro, muitas opções culinárias.
Museu a céu aberto - Fica em Brumadinho, a cerca de 60 km da capital, um dos maiores museus a céu aberto do mundo. O Instituto Inhotim tem 140 hectares e está localizado em um lugar especial, entre a Mata Atlântica e o Cerrado. Os jardins dão um show à parte, mas as instalações de obras de arte contemporâneas são o grande chamariz de Inhotim. É mais fácil chegar de carro, um percurso de cerca de 1h a partir de Belo Horizonte. Dá também para pegar um ônibus que parte de terça a domingo, sempre às 7h45, de frente ao hotel Holiday INN, na Savassi.
Cidades históricas - Não dá para pensar em Minas e não associar a história mineira ao ciclo do ouro. As cidades do sul ainda hoje guardam marcas daquele tempo extremamente rico (e sombrio, já que a exploração de pessoas escravizadas foi crucial tanto para a extração do metal precioso quanto para o desenvolvimento dessas cidades). Ainda hoje é possível visitar, por exemplo, a Mina da Passagem em Mariana (a 113 km de BH), que foi aberta em 1719 e por onde se chega de carrinho a 120 metros de profundidade. Durante o ciclo do ouro, que durou de 1695 até cerca de 1800, a produção mundial do metal foi de 1.421 toneladas métricas, com Mariana e Ouro Preto tendo contribuído com 50% do ouro produzido no período.
Vizinha de Mariana, Ouro Preto (a 99 km de BH e a 14 km de Mariana) é conhecida por suas ladeiras e também por ser uma das cidades universitárias mais animadas do país – as famosas repúblicas de estudantes, instaladas em casarões históricos, recebem visitantes durante o Carnaval a preços módicos. Duas igrejas ícones do barroco mineiro ficam na cidade: a Igreja de São Francisco de Assis, uma das grandes obras do mestre Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, gênio do rococó, e a Basílica Matriz de Nossa Senhora do Pilar, absurdamente adornada com folhas de ouro. Há que se curtir o lindo pôr do sol desde o Mirante do Morro São Sebastião.
Outra parada imperdível na região é a cidade de Congonhas (a 77 km de BH e 54 km de Ouro Preto), onde ficam famosos doze profetas de Aleijadinho. As enormes estátuas em pedra-sabão guardam a entrada da igreja Bom Jesus de Matosinhos, que conta também com a representação em madeira dos seis passos da Paixão de Cristo na frente do templo. Todo o conjunto é a maior e mais importante obra de Aleijadinho, escultor, entalhador, carpinteiro e arquiteto que nasceu e morreu em Ouro Preto, aos 76 anos de idade.
Talvez seja Tiradentes (a 180 km de BH e 160 km de Ouro Preto) que oferece o combo perfeito para quem deseja curtir as cidades históricas. Há que se conhecer a incrível matriz de Santo Antônio e o centro histórico, que parece ter parado no tempo, com suas casinhas coloniais muito bem preservadas. Vale demais a pena pegar a maria-fumaça na cidade para visitar a vizinha São João del Rei. O passeio, que está disponível apenas de sexta a domingo, é delicioso por si só, mas vale visitar o Museu Ferroviário e também a Igreja de São Francisco de Assis, que tem uma simpática praça logo em frente.
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