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Morto em confronto também era baiano e fugiu da Máxima com “Velho do PCC”

Hiata Anderson Mateus dos Santos Oliveira, de 24 anos, stava foragido desde o dia 23 de setembro deste ano

Anahi Zurutuza | 05/12/2019 14:49
Hiata Anderson Mateus dos Santos Oliveira, de 24 anos, fugiu de delegacia na Bahia em maio de 2016 e foi preso meses depois em MS (Foto: Reprodução)
Hiata Anderson Mateus dos Santos Oliveira, de 24 anos, fugiu de delegacia na Bahia em maio de 2016 e foi preso meses depois em MS (Foto: Reprodução)

Hiata Anderson Mateus dos Santos Oliveira, de 24 anos, é mais um dos cinco mortos na troca de tiros na fronteira, na madrugada desta quarta-feira (4). Ele seria um dos integrantes de quadrilha suspeita de atacar carro-forte de empresa de transporte de valores, na segunda-feira (2).

Preso deste dezembro de 2016, após ser flagrado com carregamento de 464 kg de maconha na BR-262, em Nova Alvorada do Sul, o jovem baiano estava foragido desde o dia 23 de setembro deste ano, quando conseguiu escapar do Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande. Na fuga, ele teve a companhia de Antônio Júlio da Silva, de 51 anos, conhecido como "Velho do PCC".

Em Mato Grosso do Sul, Hiata cumpria pena de 8 anos, 11 meses e 15 dias por tráfico de drogas, mas já havia sido preso no estado de origem e fugido de delegacia em Irecê (BA) meses antes de ser flagrado na BR-262.

Também é natural da Bahia, José Francisco Lumes, o Zé de Lessa, um dos assaltantes de bancos mais procurados do Nordeste. Ele era líder Bonde do Maluco, conhecido como BDM, considerada pela Secretaria da Segurança Pública da Bahia, a facção mais truculenta do estado nordestino, e também foi morto no confronto.

Foram identificados ainda Cleiton Alves dos Santos, que era do Distrito Federal e tinha passagens policiais por roubo e receptação, e o paranaense Inácio José Cerqueira, que também já havia sido preso por roubo, como integrantes da quadrilha que morreram na troca de tiros.

Velho do PCC foi morto desde o dia 17 de novembro em ação do Batalhão de Choque, em uma fazenda no distrito de Taboco, próximo a Campo Grande.

Armas apreendidas pela Garras na operação que terminou com cinco mortos (Foto: Divulgação)
Armas apreendidas pela Garras na operação que terminou com cinco mortos (Foto: Divulgação)

O assalto - O carro-forte seguia pela MS-156, trecho entre Caarapó e Amambai, quando foi surpreendido pelos assaltantes que estavam em um Jeep Renegade. Eles emparelharam com o blindado e começaram a disparar tiros de fuzis calibres 5.56 e 7.62.

Os bandidos tentaram abrir o blindado com explosivos, mas a porta não abriu e eles fugiram sem nada. Só a perícia vai revelar se o carro-forte resistiu por causa da quantidade de explosivo ou se os artefatos falharam.

Segundo o secretário, ao que tudo indica, a quadrilha é a mesma que em meados de 2017 atacou carro-forte da mesma empresa, na mesma rodovia, na fronteira. A região fica a poucos quilômetros de Capitán Bado, base de quadrilhas brasileiras que controlam o tráfico de drogas e de armas na fronteira.

O confronto - A troca de tiros aconteceu na manhã de ontem em chácara localizada entre as cidades de Aral Moreira e Coronel Sapucaia. Policiais que estavam à caça dos bandidos desde segunda e localizaram o esconderijo na noite de quarta. Equipes estavam de tocaia e pela manhã, com mandados emitidos pelo juízo de Amambai em mãos, entraram na propriedade.

A operação envolveu equipes da Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros), o Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais), o DOF (Departamento de Operações de Fronteira) e uma equipe da PM (Polícia Militar) de Amambai.

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