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Cidades

Mulher denuncia ameaça de deputado após ser vítima de golpe

Vítima afirma ter sido enganada por chefe de gabinete de Rodolfo Nogueira e depois intimidada

Por Viviane Oliveira | 13/08/2025 14:10
Mulher denuncia ameaça de deputado após ser vítima de golpe
Deputado Rodolfo Nogueira durante sessão na Câmara Federal (Foto: reprodução / Câmara dos Deputados)

Mulher de 49 anos, moradora de Brasília, registrou dois boletins de ocorrência na Polícia Civil do Distrito Federal relatando ter sido vítima de golpe financeiro e, dias depois, de ameaças atribuídas ao deputado federal Rodolfo Nogueira (PL).

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Brasília – Uma mulher de 49 anos registrou dois boletins de ocorrência contra um assessor parlamentar e um deputado federal. No primeiro boletim, ela alega ter sido vítima de um golpe financeiro de R$ 24 mil, intermediado pelo assessor, que teria apresentado um suposto empresário interessado em câmbio. A vítima afirma que, após a transferência, o empresário desapareceu. No segundo boletim, a mulher relata ter sido ameaçada pelo deputado, que teria ligação com o assessor. O parlamentar nega as acusações e afirma que foi coagido pelo marido da vítima. O assessor também nega envolvimento no golpe, alegando ter sido vítima de um golpista e que apenas indicou o contato da mulher ao suposto empresário. Ambos afirmam que tomarão medidas judiciais contra a mulher.

O primeiro registro, feito em 7 de agosto, aponta que Babington dos Santos, conhecido como Bob e assessor do deputado, procurou a vítima alegando ter amigo, empresário renomado, interessado em trocar dólares por reais devido ao temor do chamado “tarifaço”.

Confiando na indicação do assessor, a mulher entregou R$ 24 mil, valor que seria usado para pagar contas do mês. Após a transação, o empresário enviou comprovante falso e desapareceu, segundo registrado na Polícia Civil. Ao procurar Bob, o assessor se isentou de qualquer responsabilidade, conforme a vítima. O caso foi registrado como estelionato.

Cinco dias depois, nesta terça-feira (12), a mulher registrou outro boletim, desta vez por ameaça. Segundo o documento, Rodolfo Nogueira ligou, se apresentando como atuante no setor agropecuário, afirmando ter influência e recursos financeiros, e disse que acionaria advogados caso fosse divulgada a informação de que o chefe de gabinete em Brasília estaria envolvido no golpe. Nos dois registros, ela solicitou que os fatos fossem investigados e que as providências legais fossem adotadas contra os envolvidos.

Outro lado - Segundo o deputado, nunca falou com a vítima e recebeu várias ligações do esposo dela, que o coagiu. “Afirmei que não tinha conhecimento do ocorrido entre ele e meu assessor, e que essa questão deveria ser resolvida entre eles. Disse ainda que, se continuasse a difamação contra meu nome, eu tomaria medidas judiciais. Tenho 23 assessores; se eu fosse responsável pelas relações de cada um deles, seria melhor fechar as portas e ir para casa".

Por meio de nota, Babington negou envolvimento em qualquer golpe financeiro. Ele afirmou que foi vítima de crime de estelionato em 4 de agosto, quando um golpista se passou por amigo de confiança, solicitando indicação de contatos para suposta operação de câmbio.

De acordo com o assessor, sua participação se limitou apenas a indicar contatos da vítima, sem qualquer envolvimento em negociações financeiras, conforme comprovado no boletim de ocorrência da Polícia Civil do DF. Babington afirma ainda que a mulher, por iniciativa própria, realizou a transferência de R$ 24 mil para um terceiro, baseada em promessa irreal de retorno de R$ 105,6 mil, ignorando procedimentos básicos de segurança em operações financeiras.

Na nota, o assessor acusa a mulher de difamá-lo publicamente em grupo de WhatsApp e de enviar denúncias infundadas a veículos de imprensa e políticos, resultando em reportagem considerada difamatória. Ele afirmou que a situação configuraria ainda ameaça indireta ao mencionar contatos com seu superior hierárquico.

Como medidas legais, Babington informa ter registrado representação criminal contra a mulher por calúnia, difamação e ameaça, além de ação judicial por danos morais e materiais, com pedido de retratação pública e indenização.

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