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Cidades

Futura gestora do HRMS, Construcap já teve presidente preso na Lava Jato

Roberto Ribeiro Capobianco foi preso em 2016 e condenado em 2018, mas depois teve decisão anulada

Por Kamila Alcântara | 04/12/2025 19:01
Futura gestora do HRMS, Construcap já teve presidente preso na Lava Jato
Presidente do Grupo Construcap, Roberto Copobianco (Foto: Keiny Andrade/Valor)

A Construcap, vencedora do leilão para administrar o Hospital Regional de Mato Grosso do Sul, é uma empresa paulista com um portfólio de grandes projetos, mas que também se envolveu em controvérsias e investigações nos últimos anos por corrupção ativa, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

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A Construcap, empresa paulista vencedora da licitação para administrar o Hospital Regional de Mato Grosso do Sul por meio de PPP, tem histórico de grandes projetos e polêmicas. Com mais de 60 anos de atuação, a empresa administra o Estádio Mineirão, o Parque do Ibirapuera e faz parte do consórcio do Parque Nacional de Jericoacoara. A empresa enfrentou problemas com a Operação Lava Jato em 2018, quando seu presidente foi condenado por corrupção, sendo posteriormente absolvido. Em 2022, foi sancionada pelo BID por práticas fraudulentas. No HRMS, prevê investimento de R$ 5,6 bilhões em 30 anos, ampliando o hospital em 60%.

Roberto Capobianco, presidente do grupo, foi condenado pela 31ª fase da Operação Lava Jato em 2018 por envolvimento em fraude relacionada à reforma do Cenpes (Centro de Pesquisas, Desenvolvimento e Inovação Leopoldo Américo Miguez de Mello), unidade da Petrobras.

O consórcio ao qual a empresa pertence foi acusado de superfaturar a licitação e pagar propinas. Mas a Construcap sempre negou envolvimento direto. Em 2020, Capobianco foi absolvido pela Justiça Federal, mas o episódio gerou repercussão negativa e trouxe à tona o histórico problemático da empresa em licitações.

Em 2022, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) sancionou a empresa, excluindo-a de participar de projetos financiados pela instituição por 18 meses, devido a práticas fraudulentas em um contrato de construção rodoviária. Apesar disso, o grupo cooperou com a investigação e acordou o pagamento de multas e a restituição de valores desviados.

Mesmo com as polêmicas, o grupo continua expandindo sua atuação em concessões públicas. Além de ser responsável pela administração do Estádio Mineirão, em Belo Horizonte, a companhia garantiu a gestão do Complexo Serra Dourada, em Goiás, com investimento de R$ 215 milhões. O Consórcio Dunas, do qual participa, também venceu o leilão para administrar o Parque Nacional de Jericoacoara, no Ceará, com um projeto de R$ 116 milhões.

Com mais de 60 anos de trajetória, a empresa se destaca em diversas concessões e obras públicas no Brasil. Entre os projetos mais conhecidos estão as intervenções no Parque do Ibirapuera, em São Paulo, que passou a administrar em 2019 após vencer edital da Prefeitura de São Paulo para gerir o local por 35 anos.

Além disso, fez parte do consórcio responsável pela concessão do Parque Nacional de Jericoacoara, em 2023, com investimentos significativos em infraestrutura e desenvolvimento sustentável.

A empresa acumula experiência em obras tanto no setor privado quanto no público. No Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS), onde prevê um investimento de R$ 5,6 bilhões ao longo de 30 anos, a companhia será responsável pela ampliação de 60% da unidade, com a construção de dois novos blocos e a ampliação da capacidade de leitos para 577. O hospital continuará sendo público, com atendimento gratuito pelo SUS, e a gestão assistencial ficará sob responsabilidade do governo estadual.

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