TCE paga para servidores jogarem bozó, pebolim e pôquer em torneio no PR
Inscrições custavam de R$ 2 mil para atletas sem hospedagem até R$ 3,8 mil para estadia em hotel de luxo
O TCE/MS (Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul) custeou parte das inscrições de servidores que participaram da OTC Mercosul 2025 (Olimpíada dos Servidores dos Tribunais de Contas), realizada entre 24 e 30 de agosto em Foz do Iguaçu (PR). A competição reúne modalidades que vão de jogos como bozó, pebolim, truco e pôquer até esportes formais, como vôlei, natação e futebol.
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O Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul (TCE/MS) subsidiou parcialmente as inscrições de servidores na OTC Mercosul 2025, evento esportivo realizado em Foz do Iguaçu (PR). Os valores das inscrições variavam entre R$ 2 mil e R$ 3,8 mil, incluindo opções com hospedagem em hotel de luxo. A delegação sul-mato-grossense, que conquistou a 21ª colocação com seis medalhas este ano, participou de diversas modalidades esportivas. O evento, que contou com servidores de 25 tribunais de contas, incluindo representantes do Uruguai e Argentina, teve um custo total de R$ 1,4 milhão em recursos públicos entre nove instituições participantes.
O valor variava de R$ 2 mil para atletas sem hospedagem até R$ 3,8 mil para pacotes que incluíam estadia em hotel de luxo. Questionado, o presidente do TCE, Flávio Kayatt, disse que “a maior parte é paga pelo servidor e uma pequena parte é do tribunal”, sem detalhar os números. Ele afirmou que mais informações poderão ser prestadas em 8 de setembro.
Em 2024, a delegação de Mato Grosso do Sul contou com 55 atletas e conquistou a 10ª colocação geral nos jogos realizados no Jalapão (TO), somando 16 medalhas. Este ano, a equipe terminou em 21º lugar, com seis premiações. O número de participantes não foi informado. No Portal da Transparência do TCE não há registro dessas despesas.
A participação de servidores é incentivada pelo Programa Qualidade de Vida do órgão. Em publicação no Diário Oficial, o tribunal afirma que atividades esportivas fortalecem “a confiança mútua, a cooperação, a união, o companheirismo e o respeito”, além de contribuírem para um ambiente de trabalho mais motivador.
A reportagem do site Metrópoles revelou que, entre os 25 tribunais de contas que enviaram atletas para a competição, nove utilizaram R$ 1,4 milhão em recursos públicos com inscrições, hospedagens, diárias, uniformes, fisioterapia e assessorias esportivas.
Segundo o regulamento, o objetivo da Olimpíada é "desenvolver a integração entre os servidores, por meio do intercâmbio esportivo, zelando sempre pelo companheirismo, espírito esportivo, bem-estar social e desenvolvimento sustentável do meio ambiente".
O evento também contou com a participação de servidores das cortes de contas do Uruguai e da Argentina e é organizado pela ANOSTC (Associação Nacional Olímpica dos Servidores dos Tribunais de Contas do Brasil).
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