Agepen definirá local de prisão para acusado por morte em disputa de racha
Acusado de provocar a morte de Mayana de Almeida Duarte durante disputa de racha, Anderson de Souza Moreno aguarda que a Agepen (Agência de Administração do Sistema Penitenciário) defina o local onde ficará preso. A vaga já foi solicitada pela polícia.
Foragido desde 2 de março, quando teve a prisão preventiva decretada, ele se apresentou hoje na 1ª delegacia de Polícia Civil. Anderson estava acompanhado pela mãe e irmã. Na semana passada, a justiça negou habeas corpus para o acusado
De acordo com o delegado Márcio Custódio, a polícia chegou a procurar Anderson em dois endereços, citados no processo. Num local, o monitoramento foi feito por 48 horas.
Advogado de defesa, Antônio Carlos Castilho disse que o acusado permaneceu em Campo Grande, mas em local “incerto”. De acordo com ele, a defesa recorreu ao TJ/MS para que a acusação passe de homicídio doloso (com intenção de matar) para homicídio culposo.
No primeiro caso, o réu vai a júri popular e a pena pode chegar a 30 anos de prisão. No segundo, a pena é de até quatro anos de cadeia. “A intenção é colocar como culposo. Foi uma fatalidade”, justifica.
O recurso suspendeu o julgamento, marcado para 30 de março. O advogado acredita que Anderson vá para o Centro de Triagem. Após a Agepen definir o local, ele fará exame no IML (Instituto Médico Legal) e segue para a prisão.
Flagra - A prisão foi decretada porque Anderson, que teve a CNH cassada em virtude do acidente com morte, foi flagrado dirigindo e na contramão no último dia 13 de fevereiro.
Também é réu no processo Willian Jhony de Souza. Investigação da Polícia Civil e denúncia do MPE (Ministério Público Estadual)indicam que Anderson e William disputavam racha. Anderson dirigia o Vectra à frente do Fiat Uno conduzido por Willian.
O Vectra bateu no Celta, conduzido por Mayana. A jovem ficou em estado grave e morreu 12 dias depois no hospital. O acidente ocorreu em 14 de junho de 2010, no cruzamento da avenida Afonso Pena com a José Antônio, em Campo Grande.
Testemunhas disseram que o Uno e o Vectra estavam em alta velocidade. Conforme a denúncia, Anderson “furou” o sinal vermelho e estava a 110 km/h.
Anderson, Willian e Mayana estavam no mesmo local antes do acidente: Valentino Bar. Comandas do local e fotografias mostram que Anderson e Willian consumiram bebidas alcoólicas.