Campanha pede respeito à vaga para PcD e aponta aumento de notificações
Cerca de 40 pessoas se reuniram no Centro para conscientizar sobre direito

Campanha realizada desde 2017 em Campo Grande, movimentou o Centro novamente nesta sexta-feira (9) para conscientizar sobre o uso indevido de vagas de estacionamento para PcD (pessoa com deficiência) por motoristas que não têm o direito de ocupá-las "nem por um segundo", como destaca a ação.
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Uma campanha em Campo Grande, realizada pela Agetran, busca conscientizar sobre o uso indevido de vagas de estacionamento para pessoas com deficiência (PcD). A ação, que ocorreu na Rua 14 de Julho, contou com a participação de cerca de 40 pessoas e utilizou andadores e cadeiras de rodas para simbolizar a ocupação dessas vagas. As notificações por uso indevido dessas vagas aumentaram em 2024, com 800 registros até o momento, em comparação a mais de 3,2 mil no ano anterior. A secretária da Agetran, Ivanise Rotta, atribui o crescimento à intensificação da fiscalização eletrônica. A presidente da Associação de Mulheres com Deficiência, Mirella Ballatore, relatou dificuldades diárias para encontrar vagas disponíveis.
Organizada pela Agetran (Agência Municipal de Trânsito de Campo Grande) e com participação de aproximadamente 40 pessoas com deficiência da Capital, a campanha "interditou" por alguns minutos vagas localizadas na Rua 14 de Julho entre a Avenida Afonso Pena e a Rua Barão do Rio Branco. Em vez de carros, foram colocados nos espaços alguns andadores e cadeiras de rodas vazias, e frases impressas como "precisei usar a sua vaga" para chamar atenção para a infração.
As notificações por uso indevido da vaga de PcD vêm crescendo este ano em relação aos anteriores, segundo Ivanise Rotta, secretária de Gestão Integrada ao Trânsito da Agetran. Ela explica que as câmeras instaladas no Centro e outras formas de fiscalização eletrônica, como os drones, estão flagrando mais casos.
“O aumento de multas não quer dizer que aumentou o número de pessoas cometendo infração, mas é uma hipótese que aumentou a fiscalização porque agora tem fiscalização eletrônica”, falou.
Em 2024, foram geradas mais de 3,2 mil notificações. Este ano já são 800, de acordo com a Agetran.
O diretor de trânsito da agência, Ciro Ferreira, reforça que a fiscalização está mais acirrada. "Infelizmente, muitos condutores ainda insistem em utilizar erroneamente essas vagas. Nós temos fiscalizado constantemente pela utilização correta", afirmou.
No dia a dia - A presidente da Associação de Mulheres com Deficiência em Mato Grosso do Sul, Mirella Ballatore, 61, tem a síndrome rara dos ossos de vidro. Ela acompanhou a ação e contou que é afetada com frequência.
“Hoje mesmo pra vir aqui e rodei umas três vezes para poder achar uma vaga na Rua Dom Aquino. É bem complicado, as pessoas acham que não vão precisar, mas um dia vão”, contou.
O problema é rotina. “Já teve época que rodei dez vezes e vi todas as vagas ocupadas sem identificação, infelizmente, até a polícia chegar. Você tem que ter compromisso, você tem vidas”, concluiu.
Credencial - Para ter direito à vaga exclusiva, é necessário ter a credencial e deixar a identificação visível no veículo.
O documento pode ser obtido na Agetran mediante apresentação de comprovante de residência, carteira de identidade ou outro documento com foto.
No caso de pessoas com deficiência, é necessário apresentar laudo médico. A credencial é gratuita e emitida no mesmo dia da solicitação.
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