Com cidade "pegando fogo", o jeito é apagar chamas com mangueira
Só hoje, Corpo de Bombeiro atendeu 18 ocorrências de incêndio à vegetação
Incêndio que consumiu mato e árvores na Vila Belo Horizonde, em Campo Grande, assustou os moradores na região, próximo à Base Aérea nesta sexta-feira (11). Umas dessas pessoas é a Milta, que junto com a neta Beatriz, usou mangueiras da própria casa para para apagar as chamas, enquanto o Corpo de Bombeiros não chegava.
“O muro da minha casa já está rachando por conta do fogo que pega sempre nesse terreno”, afirmou Milta Vicente Ferreira, aposentada.
Além delas, quem também estava sofrendo com a queimada foi o pequeno Thalles Lopes, de 7 anos. De acordo com a mãe do menino, ele tem rinite alérgica, além de outros problemas que afetam a respiração e a fumaça liberada pelo incêndio acabou se tornando o seu principal inimigo que pra se defender, o jeito foi se armar com uma toalha molhada no rosto.
Se conviver com a fumaça não está sendo fácil para os adultos, imagina para a Valentina que tem 11 dias de vida e tem de ficar fechada em um quarto escondido com o ventilador ligado para não ter contato direto com a fumaça. A casa da família da recém-nascida também fica ao lado do terreno queimado.
Na cidade toda - Segundo o Corpo de Bombeiros, só hoje (11), as equipes atenderam 18 ocorrências de incêndio em vegetação na Capital, com dados fechados até às 16h.
“As ocorrências aqui em Campo Grande aconteceram em um período de seis horas e meia, o que dá uma média de 3 ocorrências por hora”, conforme informações o tenente-coronel Fernando Carminati, do corpo de bombeiros.
Dia de fogo - Várias localidades da Capital acordaram com fumaça. Hoje, três outros grandes incêndios, noticiados pelo Campo Grande News, pegaram os moradores de jeito. No bairro Monte Carlos, brinquedos foram destruídos pelo calor do fogo. Por lá, as chamas chegaram até as estruturas de casas. Mesmo com incêndio controlado pelo corpo de bombeiros, o fogo voltou a reacender e, novamente, controlado.
Na região do aeroporto mais queimadas. O terreno que fica ao lado do Instituto Federal foi devastado pelo fogo. Até a noite dessa sexta-feira, o corpo de bombeiros atuava combatendo as chamas. Para chegar ao local exato, foi preciso usar um acesso por dentro do IFMS.
Pelo visto, enquanto quem acordou engolido fumaça, outros vão dormir com o cheiro de “defumado” causado pelo fogo, isso, se conseguir dormir.