Comerciantes e moradores tentam retomar rotina após execução de PM
Ilson Martins Figueiredo, 62 anos, foi morto com pelo menos 45 tipos de AK-47 e carabina 556
A rotina na região da avenida Guaicurus, em Campo Grande, nesta terça-feira (dia 12), volta ao normal aos poucos um dia após a execução do policial militar reformado Ilson Martins Figueiredo. Entre moradores e comerciantes, o clima é de levantar os estragos e relatar a situação vivida na manhã de ontem.
Luis Nescolo, 69 anos, dono do posto de molas onde o veículo que o policial dirigia bateu, disse que o muro danificado começa a ser consertado hoje. A preocupação dele, agora, é saber quem arcará com o prejuízo, que ainda não foi levantado, afirma. Ontem, a loja não abriu porque a parícia passou o dia no local.
O dono de um lava jato, de 28 anos, que preferiu não se identificar, relatou alguns momentos de susto. Ele contou que até o pai, que mora a 1,5 km do local do crime, conseguiu ouvir as rajadas. Hoje, o estabelecimento abriu normalmente.
Os vizinhos que moram na rua de atrás da Guaicurus também ouviram os tiros. O funcionário público Rubens Tadeu, 63 anos, disse que começou a escutar o barulho por volta das 6h25. "Escutei duas rajadas, deu um tempo de silêncio e escutei mais uma".
Figueiredo tinha 62 anos e era gerente de Segurança e Polícia Legislativa da Assembleia Legislativa. Ele dirigia um veículo Kia Sportage, de cor branca, na manhã de ontem, quando foi atingido por pelo menos 45 tiros de AK-47 e carabina 556, perdeu o controle da direção e derrubou o muro do comércio.
Um vídeo a qual o Campo Grande News teve acesso ontem mostram o momento em que dois veículos se aproximam do Kia Sportage, de Ilson.
Os carros usados pelos autores são uma Toyota SW4, branca, e uma picape Fiat Toro, vermelha, encontrada incendiada minutos depois numa estrada vicinal, na saída para São Paulo, próximo à BR-163.