Condenado a 6 anos e 8 meses homem que matou “Peitinho” com 14 tiros

O Tribunal do Júri de Campo Grande condenou nesta terça-feira (14) Willian Janisson Batista Bezerra a 6 anos e 8 meses de reclusão em regime fechado pelo assassinato de Kelvy Gonçalves de Almeida, de 25 anos, conhecido como “Peitinho”. O Conselho de Sentença reconheceu a materialidade e a autoria do crime, acolhendo a tese de homicídio privilegiado apresentada pela defesa.

A execução ocorreu na noite de 5 de novembro de 2021, na Avenida Monte Castelo, e ganhou repercussão por estar ligada a uma sequência de mortes marcadas por vingança e ameaças. De acordo com o processo, Kelvy foi morto com 14 tiros dentro da oficina de Willian.

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A vítima era conhecida da polícia, com 22 passagens por crimes como furtos e ameaças, além de responder por homicídio quando ainda era menor de idade. Ele também era suspeito de dois assassinatos na Capital.

O primeiro aconteceu em 8 de janeiro de 2020, quando Wellington Jackson Batista Bezerra, o “Pipo”, irmão de Willian, foi morto com nove tiros de pistola. O segundo, em 1º de novembro de 2021, teve como vítima João Cordeiro dos Santos Neto, de 29 anos, assassinado a tiros, crime que teria sido motivado por ciúmes, após Kelvy ver a ex-namorada trocando mensagens com João.

Quatro dias depois desse crime, Peitinho foi morto na oficina de Willian. Testemunhas relataram que ele costumava passar pelo local fazendo ameaças, o que teria aumentado a tensão entre os dois.

Depoimentos - Durante o julgamento na manhã de hoje, foram ouvidas testemunhas e o próprio réu. A defesa alegou que o crime não foi motivado por vingança, mas sim uma reação a ameaças feitas pela vítima.

A esposa e a mãe de Willian prestaram depoimento em defesa do acusado. A mulher afirmou que o marido é “uma pessoa boa, ótimo pai e ótimo esposo”, e garantiu que não havia arma na residência.

A mãe contou que estava em um salão de beleza da família quando ouviu os disparos.

“Quando escutei, pensei que o Kelvin tinha matado o Neguito. Foi a primeira coisa que pensei. Mas depois vi o Willian passando pela janela”, relatou.

Com a decisão do Conselho de Sentença, Willian Janisson Batista Bezerra foi condenado a 6 anos e 8 meses de prisão em regime fechado pelo crime de homicídio doloso privilegiado, reconhecido como uma reação às provocações e ameaças feitas por Peitinho.

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