“Era um entra e sai constante”, dizem vizinhos de assassino de casal
Ainda desconfiados com a movimentação policial no bairro Moreninhas, na manhã de hoje, vizinhos da casa de Inhonho falaram de como o local era movimentado.
Ainda desconfiados com a movimentação policial no bairro Moreninhas, na manhã de hoje, vizinhos da casa de Neidinaldo Nascimento da Silva, 21 anos, também conhecido como Inhonho, falaram de como o local era movimentado.
“A gente não conhecia, mas era um entra e sai constante na casa”, diz uma moradora da rua. Por medo e precaução, os vizinhos não quiseram se identificar. “Ali era boca de fumo, isso sim”, comenta outra pessoa.
Quando a equipe do Campo Grande News chegou à rua onde mora Inhonho, a rua estava praticamente vazia. Porém, um pouco mais a diante, em uma rodinha de pessoas em frente a outra casa, estava a esposa de assassino confesso. Ao perceberam que a reportagem batia no portão da casa, amigas dela foram até lá para saber o que estava acontecendo.
Patrícia Rodrigues, 27 anos, e outra moça, que não quis se identificar, disseram que seria melhor a esposa de Inhonho não conversar com a imprensa, pois está grávida de sete meses e a gestação é de risco. “Ela está frágil, só chora, é melhor evitar qualquer emoção”, disseram.
Elas também comentaram que a amiga não sabia do envolvimento do marido com crimes. “Ela foi pega de surpresa”, falaram. Segundo Patrícia, quando os policiais chegaram à casa de Inhonho, ele estava dormindo e a esposa tinha acabado de voltar do mercado e estava sentada no bar ao lado da casa dela.
As duas amigas afirmaram ainda que o que elas sabem é que Neidinaldo trabalha como eletricista. “Nunca desconfiamos de nada, ela é muito querido aqui no bairro, carinhoso até com os amigos”, contaram. De acordo com o advogado de Neidinaldo, Edgar Gomes, a esposa contou a ele que o marido havia saído de casa às 21h de ontem e retornou próximo às 1h, e confirmou que não sabia de nada, nem do envolvimento dele com tráfico de drogas.
Na casa deles, os policiais do Sig Depac e Garras encontraram cerca de 30 papelotes de cocaína, além da arma usada no crime, um revólver calibre 38, que estava escondido no forro da casa, enrolado a dois pedaços de camisetas, e os documentos de uma das vítimas, que estavam jogados dentro da fossa da casa.