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Capital

Falta água, papel higiênico e até exame básico em unidades de saúde da Capital

Denúncias de servidores apontam problemas em UPAs e CRS

Por Cassia Modena | 17/12/2025 13:20
Falta água, papel higiênico e até exame básico em unidades de saúde da Capital
Funcionário abastece reservatório da UPA Coronel Antonino com água de caminhão-pipa (Foto: Sinte/Canal de denúncias)

Tem faltado água, energia elétrica e até papel higiênico para reposição nos banheiros de unidades de saúde de urgência e emergência de Campo Grande. Servidores estão enviando denúncias aos sindicatos que os representam relatando as situações.

RESUMO

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Unidades de saúde em Campo Grande enfrentam problemas de infraestrutura, com falta de água, energia elétrica e insumos básicos. Na UPA Universitário, há escassez de papel higiênico, enquanto a UPA Coronel Antonino necessita de caminhões-pipa para abastecimento de água. O CRS Tiradentes está com o aparelho de eletrocardiograma inoperante há cinco dias, e a prefeitura pode ser multada em R$ 10 mil caso não regularize o fornecimento de água no local. Além disso, há desabastecimento de medicamentos básicos e controlados no sistema penitenciário do estado, situação que está sob investigação do Ministério Público.

Nesta quarta-feira (17), o Sinmed (Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul) listou que não havia papel higiênico na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Universitário e que falta fornecimento de água pela rede na UPA Coronel Antonino.

Além disso, o aparelho que faz o exame de eletrocardiograma no CRS (Centro Regional de Saúde) Tiradentes não está funcionando há cinco dias e profissionais afirmam que não foi informada uma previsão para conserto ou substituição. Ele é essencial para avaliar a saúde do coração dos pacientes.

Falta água, papel higiênico e até exame básico em unidades de saúde da Capital
Mensagem recebida pelo número de denúncias do Sinmed relata problemas (Imagem: Reprodução/WhatsApp)

O Sinmed acrescentou que diversas unidades sofrem com queda de energia também, especialmente neste período chuvoso na Capital.

Já servidores da enfermagem informam ao Sinte (Sindicato de Enfermagem de Campo Grande) falta d'água na UPA Coronel Antonino e enviaram imagem de um caminhão-pipa que abasteceu o reservatório ontem (16).

Os profissionais também apontaram que não há chuveiro para pacientes tomarem banho e que pisos quebrados oferecem risco de queda no CRS Cophavilla.

Falta água, papel higiênico e até exame básico em unidades de saúde da Capital
Piso e falta de chuveiro no CRS Cophavilla (Fotos: Sinte/Canal de denúncias)

Multa de R$ 10 mil - A Prefeitura de Campo Grande poderá ser multada em R$ 10 mil se não regularizar o fornecimento de água no CRS Tiradentes. Liminar que o Sinmed conseguiu determina que providências sejam tomadas no prazo de cinco dias, com aplicação da multa em 10 dias, no máximo, caso o problema não seja resolvido. A decisão foi publicada hoje no Diário da Justiça.

A falta d'água no CRS (Centro Regional de Saúde) Tiradentes chegou a durar três dias em setembro deste ano e motivou paralisação dos médicos por algumas horas. Ela continua ocorrendo pontualmente, mesmo após uma equipe ter feito intervenções na rede de abastecimento da unidade.

Para os presos - Também faltam medicamentos básicos como xaropes e controlados, incluindo os "tarja-preta", para detentos de Mato Grosso do Sul. Lista encaminhada ao Sinte mostra o desabastecimento na central de medicamentos da Agepen (Agência do Sistema Penitenciário de Mato Grosso do Sul).

Falta água, papel higiênico e até exame básico em unidades de saúde da Capital
Alguns dos medicamentos em falta ou estoque crítico na central de medicamentos da Agepen (Imagem: Reprodução/Lista Sinte)

O Município é o responsável pelo fornecimento dos remédios não somente nas unidades de saúde, mas também no sistema penitenciário. A situação nos presídios já é acompanhada pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), que abriu inquérito civil na semana passada para apurar as responsabilidades e causas.

Questionada, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) justificou anteriormente ao MPMS que os pedidos de remédios para unidades prisionais seguem programação mensal de estoque e entrega do almoxarifado. Ainda assim, reconheceu a “indisponibilidade de determinados itens”.

O que diz a Secretaria - O Campo Grande News também questionou a Sesau sobre a liminar, desabastecimento e os outros problemas nas unidades de saúde, e aguarda retorno.

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