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Capital

Família pede pena máxima para acusados de matar vizinho espancado

Mês passado, julgamento de Adílio e Maike foi adiado por falta de jurados e acontece nesta terça-feira

Por Ana Paula Chuva e Raíssa Rojas | 09/09/2025 11:33
Família pede pena máxima para acusados de matar vizinho espancado
Advogado de defesa dos réus durante julgamento (Foto: Marcos Maluf)

A família de Anderson Velasquez Ferreira espera uma pena alta para os irmãos Adílio de Albuquerque Rodrigues e Maike Wililian de Albuquerque Rodrigues, acusados de espancar o homem com esquizofrenia até a morte. O crime aconteceu em fevereiro de 2024 e, no mês passado, os réus tiveram o julgamento adiado. A sessão acontece nesta terça-feira (9).

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Familiares de Anderson Velasquez Ferreira aguardam julgamento de dois irmãos acusados de espancamento fatal em Campo Grande. A vítima, que sofria de esquizofrenia, foi morta em fevereiro de 2024 após confronto com vizinhos incomodados com barulhos noturnos. O Ministério Público denunciou Adílio e Maike de Albuquerque Rodrigues por homicídio qualificado por motivo fútil e meio cruel. A família espera pena mínima de 15 anos para os acusados. Anderson foi agredido com pedaços de madeira e capacetadas, falecendo seis dias após o ataque devido a traumatismo craniano.

Ao Campo Grande News, o irmão de Anderson relatou que a família segue muito triste com toda a situação, mas espera que os acusados sejam sentenciados a pelo menos 15 anos de prisão cada. Para ele, o crime foi muito cruel, principalmente porque a vítima era diagnosticada com esquizofrenia.

“É uma situação histórica para nós. Perdemos o irmão caçula de oito irmãos. Sempre cuidamos dele e sempre o amaremos. Estamos na expectativa de pelo menos 15 anos. Estamos lutando aqui e confiando na Justiça. Ele era um menino bom, querido demais no bairro. Nos sentimos revoltados. Ninguém tem o direito de tirar a vida de ninguém, mesmo que a pessoa esteja errada. Ele tinha um transtorno mental”, disse Zímer Velasquez Ferreira, 51 anos.

Também bastante comovida, Giovana Moura da Silva Ferreira, 47 anos, cunhada da vítima, afirmou que o crime foi uma “monstruosidade”. “O que eles fizeram foi horrível. Que Deus ajude e que haja Justiça. Meu cunhado tinha problemas, mataram-no. Mataram meu menino e depois festejaram. A família quer Justiça”, explicou a mulher.

Segundo ela, no dia seguinte ao crime, Adílio ameaçou seu filho — sobrinho da vítima. "Meu filho comentou que Adílio pagaria pelo que fez. E Adílio mandou um recado, tanto que meu filho ficou com medo", finalizou.

Crime — Segundo a denúncia do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), o crime aconteceu por volta das 19h50 do dia 11 de fevereiro de 2024 na Rua Acariuba, bairro Moreninha II. A vítima foi diagnosticada com esquizofrenia e provocava barulhos durante a noite, fato que incomodava os vizinhos.

Com isso, naquele dia, os irmãos Adílio e Maike foram até a residência da vítima para "tirar satisfação" — ambos estavam com pedaços de madeira — e entraram em luta corporal com Anderson, que foi agredido violentamente, inclusive com capacetadas e chutes.

Os irmãos foram embora do local após perceberem que a vítima estava agonizando. Anderson chegou a ser socorrido e deu entrada na Santa Casa em coma. Ele passou por cirurgia, mas acabou morrendo seis dias depois, devido ao traumatismo cranioencefálico. Para o MPMS, o crime foi cometido por motivo fútil e meio cruel.

Adiamento — Marcado para 5 de agosto deste ano, o julgamento dos acusados de espancar Anderson até a morte acabou sendo adiado por falta de jurados. A família da vítima estava em frente ao Fórum de Campo Grande e se sentiu frustrada com a situação.

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