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Capital

Juiz barra exame de insanidade mental de Name em ação da morte de Playboy

Defesa cita declarações em interrogatórios e audiências como indicativos de ausência de discernimento

Aline dos Santos | 19/02/2021 11:32
Conhecido como Playboy da Mansão, Marcel Colombo foi executado em 2018. (Foto: Reprodução/Facebook)
Conhecido como Playboy da Mansão, Marcel Colombo foi executado em 2018. (Foto: Reprodução/Facebook)

O juiz da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, Aluízio Pereira dos Santos, indeferiu pedido de abertura de incidente de insanidade mental do empresário Jamil Name, 81 anos, preso na operação Omertà por liderar organização criminosa.

Apresentado em 21 de janeiro, o requerimento é conexo ao processo em que Name é réu pelo homicídio de Marcel Costa Hernandes Colombo, conhecido como Playboy da Mansão.

A defesa alega que o empresário é portador de diversas doenças crônica, está preso desde 27 de setembro de 2019 e submetido ao regime mais rígido na penitenciária federal de Mossoró (Rio Grande do Norte).

O documento cita declarações de Name em interrogatórios e audiências como indicativos de  ocasiões que revelam ausência de discernimento razoável e completa deturpação da realidade. Jamil Name ameaçou um policial e disse ter R$ 600 milhões disponível para ministro, numa proposta de suborno.

No último dia 10, o juiz indeferiu o incidente de insanidade mental e a tramitação do pedido em segredo de Justiça. O magistrado afirma que, durante realização de recente audiência, não “vislumbrou infundada dúvida sobre a integridade mental” do preso.

O advogado Thiago Bunning, que atua na defesa de Name, disse hoje ao Campo Grande News que ainda analisa se recorrerá da decisão.

“Mas já existem três incidentes instaurado em outras Varas, dois na 2ª Vara Criminal e um na 1ª Vara Criminal. Minha alegação é de inimputabilidade superveniente. Neste caso, não há possibilidade de configurar a inimputabilidade em um processo e nos demais não. A prova é pericial, fatores biológicos e psicológicos, que se forem constatados não abrem margem para interpretação discricionária”, afirma.

Crime - A fase de audiência do processo pela morte de Marcel, morto a tiros em 2018, foi aberta na semana passada.

Na ocasião, a Polícia Civil buscou evidenciar a ligação dos acusados de integrar a milícia com o homicídio, mostrando que ele era vigiado pelo grupo, enquanto a defesa dos acusados quis demonstrar o caráter explosivo da vítima, que poderia ter outros inimigos.

O motivo da morte seria briga dentro de boate, em 2016, entre Jamil Name Filho e Marcel Colombo. O desentendimento foi por balde de gelo, que tomou proporções por conta de insultos.

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