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Capital

Justiça devolve à família caminhonete de empresário morto por PRF

O veículo apreendido desde o dia do crime, 31 de dezembro de 2016, e estava no pátio da Coordenadoria Geral de Perícias

Viviane Oliveira | 04/11/2018 16:37
Caminhonete estava apreendida desde 31 de dezembro. (Foto: arquivo/Campo Grande)
Caminhonete estava apreendida desde 31 de dezembro. (Foto: arquivo/Campo Grande)

Depois de quase dois anos, a Justiça liberou a caminhonete Toyota Hilux branca do empresário Adriano Correia do Nascimento, 33 anos, morto a tiros pelo policial rodoviário federal, Ricardo Hyn Su Moon, durante discussão no trânsito. O veículo será entregue para Marili Correia do Nascimento, mãe da vítima. O réu vai a júri popular, porém a data ainda não foi marcada.

O veículo apreendido desde o dia do crime, 31 de dezembro de 2016, estava no pátio da Coordenadoria Geral de Perícias, na avenida Senador Filinto Müller, Vila Ipiranga. Marili pediu a restituição do automóvel em três oportunidades, em todos o juiz do caso, Carlos Alberto Garcete de Almeida, havia negado, por entender que o veículo ainda interessava ao processo. O policial Ricardo Moon foi denunciado por homicídio qualificado por motivo fútil e com recursos que dificultou a defesa da vítima contra Adriano, além de duas tentativas de homicídio contra Agnaldo Espinosa da Silva e o enteado dele, que na época tinha 17 anos, passageiros da caminhonete.

Denúncia - Conforme o MP/MS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), no dia 31 de dezembro de 2016, por volta das 5h40, na avenida Ernesto Geisel, esquina com a Rua 26 de Agosto, o acusado matou a Adriano e tentou matar as outras duas vítimas. O policial conduzia um veículo Mitsubishi Pajero, enquanto Adriano estava na caminhonete. Ainda conforme a denúncia, ao fazer conversão à direita, a vítima não percebeu a proximidade com o veículo do acusado e quase provocou um acidente de trânsito. Em seguida, o acusado abordou as vítimas, descendo de seu veículo, já com uma arma de fogo, dizendo que era policial e chamou reforço.

As vítimas chegaram a descer do carro e solicitaram que o acusado mostrasse sua identificação visto que, pela vestimenta que trajava, não era possível saber se ele era policial rodoviário federal. Diante da recusa do acusado, eles retornaram ao carro e Adriano ligou a caminhonete iniciando manobra para desviar do veículo do acusado que estava impedindo sua passagem. Quando Adriano iniciou o deslocamento, o policial efetuou disparos na direção dele. Após os disparos, o veículo das vítimas prosseguiu por alguns metros e bateu num poste de iluminação. Adriano foi atingido em vários partes do corpo e morreu no local.

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