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Política

Nelsinho defende revisão de penas do 8/1 e critica condenações “acima da medida"

Senador diz que dosimetria é caminho para pacificar o país sem anistia nem impunidade

Por José Cruz | 18/12/2025 14:40
Nelsinho defende revisão de penas do 8/1 e critica condenações “acima da medida"
Senador Nelsinho Trad durante entrevista à rádio Capital, de Campo Grande. (Foto divulgação)

Em entrevista à Rádio Capital, o senador Nelsinho Trad (PSD-MS) afirmou ser favorável à revisão das penas aplicadas aos condenados pelos atos de 8 de janeiro, defendendo a dosimetria como instrumento de justiça equilibrada e com função pacificadora.

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O senador Nelsinho Trad (PSD-MS) defendeu a revisão das penas aplicadas aos condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023, em Brasília. Em entrevista à Rádio Capital, o parlamentar argumentou que algumas sentenças ultrapassaram o limite razoável, especialmente para réus sem protagonismo nos eventos.Trad enfatizou que não defende impunidade, mas considera necessária uma análise individual das condutas. O senador criticou condenações entre 12 e 15 anos de prisão, defendendo punições mais rigorosas apenas para os responsáveis pelo planejamento de crimes graves e ações organizadas.

Para o parlamentar, o debate sobre anistia foi contaminado pela polarização política, enquanto a dosimetria permitiria uma análise individual das condutas, sem apagar responsabilidades. “Não é justiçamento, é racionalidade”, disse, ao sustentar que o país precisa de mecanismos que ajudem a reduzir tensões institucionais.

Nelsinho fez questão de afastar qualquer defesa de impunidade. “Não quero passar a mão na cabeça de quem fez malfeitos”, afirmou. Segundo ele, no entanto, há casos em que as penas ultrapassaram o que seria razoável, especialmente para réus sem papel de protagonismo.

O senador citou condenações que chegam a 12, 13, 14 e até 15 anos de prisão. “Teve muita gente ali que não merecia esse tempo de cadeia porque estava no meio de outros que estavam fazendo algum malfeito”, avaliou.

Na análise do parlamentar, é preciso diferenciar os níveis de responsabilidade. Para Nelsinho, devem receber punição rigorosa aqueles que planejaram crimes graves, atentados ou ações organizadas, enquanto os demais precisam ser julgados de forma proporcional. “Quem realmente fez o que não podia ser feito precisa servir de exemplo, mas não pode ser colocado no mesmo grupo de quem não participou ativamente”, concluiu.