Alvo de operação, marombeiro famoso faz "reality" ao ser detido pelo Garras

O influencer Renato dos Santos Lopes, de 32 anos, conhecido nas redes sociais como “Pobre Loco”, foi alvo da operação da Polícia Civil de São Paulo contra organização criminosa especializada na produção e venda ilegal de anabolizantes e remédios emagrecedores, deflagrada na manhã desta terça-feira (5). O próprio influencer divulgou o momento em que os policiais chegam na casa dele, no Bairro Parati.

As imagens das câmeras de segurança foram postadas no perfil do Instagram do Pobre Loco mostram o momento em que os policiais do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros) chegam, por volta das 6h56, e vistoriam o imóvel. Ele aparenta tranquilidade durante a ação. O vídeo foi apagado das redes pouco tempo depois.

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O advogado que o representa, Maikol Mansour, também entrou na onda do "reality" e postou vídeo de dentro do carro: "indo resgatar Pobre Loco", descreveu ele a caminho da sede do Garras, em Campo Grande. O influencer foi levado para delegacia, ouvido e liberado.

Do lado de fora do Garras, Renato conversou com o Campo Grande News e explicou que apenas faz divulgação para a empresa investigada pela polícia paulista. Uma sacola com remédios chegou a ser levada para a delegacia, mas devolvida ao influencer. O celular dele foi apreendido.

Na semana passada o influencer foi alvo de fiscalização do CREF 11ª Região MS (Conselho Regional de Educação Física de Mato Grosso do Sul), por supostamente exercer ilegalmente a profissão de personal trainer em uma academia de Campo Grande.

Operação - A polícia investiga organização criminosa especializada na produção e venda ilegal de anabolizantes e remédios emagrecedores, tanto na forma oral quanto injetável. A ação cumpre 85 mandados de busca e apreensão e 35 de prisão, inclusive em cidades de Mato Grosso do Sul, além de outros 11 estados.

Segundo as investigações da 1ª Cerco (Central Especializada de Repressão ao Crime Organizado), o grupo operava por meio de uma empresa clandestina, sem autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), e comercializava os medicamentos diretamente a consumidores, sem qualquer exigência de receita médica.

Os anabolizantes ficavam guardados em galpões, a maioria deles no Paraná. Os produtos eram vendidos pela internet, em site próprio, com hospedagem de outro país. Ao longo de cinco anos, a quadrilha movimentou cerca de R$ 25 milhões, de acordo com o delegado Ronald Quene, responsável pela operação.

Só em São Paulo, são 57 mandados em cidades como Guarulhos, Campinas, Jundiaí, São José dos Campos e Mogi das Cruzes. No total, 255 equipes policiais foram mobilizadas.

Além do Mato Grosso do Sul, os mandados são cumpridos também no Rio de Janeiro, Paraná, Bahia, Mato Grosso, Amazonas, Espírito Santo, Pernambuco, Paraíba, Alagoas e Santa Catarina.

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