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Capital

Pneus cortados e rodas entortadas: o prejuízo de uns é o lucro de outros

Na região da saída para Terenos, borracheiros relatam que o número de serviços aumentou após o período chuvoso

Por Clara Farias e Murilo Medeiros | 01/04/2025 14:01
Pneus cortados e rodas entortadas: o prejuízo de uns é o lucro de outros
Divaldo Rodrigues enquanto trabalhava na manhã de hoje (Foto: Murilo Medeiros)

As chuvas intensas dos últimos dias transformaram as ruas de Campo Grande em verdadeiras armadilhas para os motoristas. O aumento no número de buracos tem gerado prejuízos para quem precisa circular pela cidade, mas, por outro lado, impulsionado o movimento em borracharias e oficinas mecânicas.

Divaldo Rodrigues, de 64 anos, trabalha como borracheiro há três décadas na Vila Popular e confirma o aumento na procura por serviços. "O movimento aqui por causa de buraco começou desde o ano passado. Sai de um buraco e cai no outro. Pra mim, é bom. É bom para uns e ruim para os outros", afirmou.

O borracheiro relata ainda que utiliza o carro como meio de transporte. "Eu também tenho carro, então para mim também tem o lado ruim. Mas deu uma aumentada no lucro sim, melhorou. Não foi 100%, mas está melhor", contou. Ele detalha que os principais problemas enfrentados pelos motoristas são rodas entortadas, pneus cortados e danos no sistema de suspensão.

"O que mais tem é carro que bateu no buraco, entortou a roda, cortou o pneu e não tem o que fazer. Se fosse só pneu ruim, ainda tava bom. Mas tem muito pneu novinho que está vindo cortado e com problema de amortecedor", acrescenta.

Pneus cortados e rodas entortadas: o prejuízo de uns é o lucro de outros
Expedito de Jesus sorridente ao lado de borracharia (Foto: Murilo Medeiros)

Situação semelhante é observada por Expedito de Jesus, também de 64 anos, borracheiro há 12 anos na Nova Campo Grande. Ele avalia que a cidade já enfrentou situações piores, mas admite que o período chuvoso trouxe dificuldades para os motoristas e lucro para os borracheiros.

"Eu tenho borracharia há 12 anos. Teve uma época em que Campo Grande era mais largada do que hoje, agora estamos no paraíso. Do ano passado para cá deu uma piorada, mas o problema é a chuvarada de dezembro até agora. Qualquer buraquinho vira uma panela, não tem nem como arrumar. Aí é bom para o borracheiro", comenta, rindo.

Expedito destaca que os estragos são mais frequentes nos dias de chuva ou logo depois. "O que mais aparece pneu cortado aqui é no dia da chuva ou no dia seguinte. Aí aparece mais problema por causa de buraco. Pelo menos agora estão colocando massa quando tampa o buraco. Não adianta só colocar aquela farofa, que vem junto com o pneu quando chega aqui", brinca.

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