Corumbá inicia a restauração dos prédios históricos pela Casa do Artesão
Investimentos somam mais de R$ 21 milhões para cinco projetos, com recursos do novo PAC

Depois do risco de perder os recursos por não cumprimento de etapas técnicas, no ano passado, a prefeitura de Corumbá retomou os projetos de restauração de cinco exemplares arquitetônicos de seu período de fausto que perdurou até meados do século passado.
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A Prefeitura de Corumbá retomou os projetos de restauração de cinco prédios históricos, com investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) que ultrapassarão R$ 21 milhões. A primeira obra será a Casa do Artesão, com recursos de R$ 4,7 milhões já liberados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O projeto inclui ainda a revitalização do Mercadão Municipal, antiga sede da prefeitura, Hotel Internacional e o casarão da Comissão Mista Brasil-Bolívia. O antigo presídio, atual Casa do Artesão, será transformado em espaço cultural com ateliês e lojas, preservando elementos originais como o chafariz e postes históricos.
O dinheiro do Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), com a chancela do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), inicialmente fixado em R$ 18,6 milhões, em 2024, vai passar dos R$ 21 milhões com a reformulação dos projetos este ano.
Em setembro, o Iphan liberou R$ 81 milhões para restauração e requalificação de monumentos históricos de oito estados, contemplando Corumbá com a primeira etapa dos recursos: R$ 4,7 milhões para a reforma da Casa do Artesão, obra inicialmente estimada em R$ 3,1 milhões.
“Estamos montando o processo licitatório para início imediato da obra”, anunciou o prefeito corumbaense Gabriel Alves de Oliveira.

A Capital do Pantanal aprovou cinco projetos no Iphan. Além da Casa do Artesão, haverá intervenções nas estruturas dos prédios do Mercadão Municipal, da antiga sede da prefeitura, do Hotel Internacional e do casarão da Comissão Mista Brasil-Bolívia.
A cidade abandonou, nos últimos anos, seu patrimônio histórico, e o imponente prédio do ILA (Instituto Luiz de Albuquerque), ao lado da Praça da República, é o maior dos exemplos. O município recebeu R$ 3,2 milhões do Iphan para recuperá-lo, mas a obra iniciada em 2021 foi paralisada.
Casa de Cultura - A diretora-presidente da Fundação de Desenvolvimento Urbano e Patrimônio Histórico, Lauzie Xavier Salazar, informou que o ILA será recuperado em uma segunda etapa. “Estamos priorizando os prédios de uso social e os que estão em pior estado de conservação”, explicou.
Situada na Rua Dom Aquino Corrêa, a Casa do Artesão foi um antigo presídio da cidade até a década de 1970. Hoje, ocupado pelos artesãos, o prédio será remodelado para melhor abrigar lojas e projetos sociais ligados à produção cultural, incluindo a oficina de ladrilho hidráulico.

As antigas celas e seus paredões serão transformados em ateliês, salas multiuso e lojas para artesãos. O pátio interno também passará por revitalização, preservando o chafariz e os postes originais, com a proposta de criar um ambiente de convivência e exposições culturais.
Na sequência, a prefeitura executará a revitalização do Mercadão Municipal, cujo recurso (R$ 6,1 milhões) também foi carimbado pelo Iphan. O prédio, ao lado da Praça Uruguai, foi construído em 1962 e abrigou uma unidade de saúde até ser fechado há mais de 15 anos.
O Mercadão tem um significado enorme para a cidade, faz parte da memória de gerações e voltará a ser aquele espaço de encontros e convivências. Muita gente prometeu a obra, mas ela não saiu do papel. Vamos fazer a feira do produtor e revitalizar a praça”, garantiu o prefeito.

