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Interior

Cunhada de 'Barão da Droga' perde recurso e será julgada no Paraguai

Roseli Messias da Silva é acusada de ser testa de ferro de Jarvis Chimenes Pavão

Por Helio de Freitas, de Dourados | 28/10/2025 14:39
Cunhada de 'Barão da Droga' perde recurso e será julgada no Paraguai
Jarvis Pavão no dia em que foi extraditado para o Brasil, em dezembro de 2017 (Foto: Divulgação)

A Justiça do Paraguai decidiu que a sul-mato-grossense Roseli Messias da Silva, cunhada do narcotraficante Jarvis Chimenes Pavão, conhecido como “Barão da Droga”, vai ser julgada por lavagem de dinheiro e por associação criminosa.

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A Justiça paraguaia decidiu que Roseli Messias da Silva, cunhada do narcotraficante Jarvis Chimenes Pavão, será julgada por lavagem de dinheiro e associação criminosa. Ela é acusada de atuar como testa de ferro na Fazenda Iglesita, localizada em Bella Vista Norte, na fronteira com Mato Grosso do Sul. A decisão faz parte da Operação Pavo Real, que investiga o patrimônio do "Barão da Droga". O recurso da defesa foi rejeitado pelo juiz Osmar Legal, e Roseli permanece presa aguardando julgamento. A operação já resultou no confisco de 30 fazendas registradas em nomes de laranjas.

Viúva de Rony Chimenes Pavão – irmão de Jarvis, executado em março de 2017 em Ponta Porã – Roseli integra a lista de réus no âmbito da Operação Pavo Real, no Paraguai, deflagrada em 2023. A mãe, os filhos, a esposa e outros parentes do traficante também foram denunciados no mesmo caso.

A defesa de Roseli entrou com recurso na Câmara de Apelação Especializada em Delitos Econômicos e Corrupção, apontando suposta nulidade do processo e pedindo arquivamento do caso.

Segundo o argumento de seus advogados, os bens implicados na investigação teriam sido adquiridos pela brasileira há mais de 20 anos. A propriedade citada é a Fazenda Iglesita, localizada no distrito de Bella Vista Norte, na fronteira com Mato Grosso do Sul. Entretanto, o recurso foi rejeitado pelo juiz Osmar Legal, especializado em crime organizado. Roseli aguarda o julgamento na prisão.

Conduzida pelo Ministério Público do Paraguai, a Operação Pavo Real concluiu que Roseli era testa de ferro do cunhado na fazenda usada para lavagem de dinheiro do tráfico por meio de operações falsas de criação e venda de gado de corte.

Deflagrada em quatro fases – duas no Brasil e duas no Paraguai –, a Operação Pavo Real foi desencadeada após a apreensão de anotações nas celas de Jarvis Pavão e do filho dele, Luan Chimenes Nascimento, citando dezenas de propriedades em cinco departamentos (equivalentes a estados) paraguaios e na capital, Asunción. Pelo menos 30 fazendas estavam registradas em nomes de “laranjas”. Todo o patrimônio foi confiscado.

Extraditado ao Brasil em 28 de dezembro de 2017, após cumprir pena de oito anos no Paraguai, Jarvis Chimenes Pavão está recolhido atualmente na Penitenciária Federal em Brasília. Ele já acumula sentença de 96 anos no Brasil.

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