ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
NOVEMBRO, SÁBADO  23    CAMPO GRANDE 27º

Interior

Em greve há cinco dias, professores ocupam saguão da prefeitura

Grevistas queriam falar com prefeita de Dourados, mas foram recebidos por secretários e outros assessores

Helio de Freitas, de Dourados | 22/08/2018 09:24
Secretário de Educação (de chapéu) conversa com grevistas na recepção do gabinete de Délia Razuk (Foto: Divulgação)
Secretário de Educação (de chapéu) conversa com grevistas na recepção do gabinete de Délia Razuk (Foto: Divulgação)

Em greve há cinco dias, servidores administrativos e professores da rede municipal de ensino de Dourados, cidade a 233 km de Campo Grande, protestam nesta manhã no CAM (Centro Administrativo Municipal), onde fica o gabinete da prefeita Délia Razuk (PR).

Um grupo se concentra na recepção que dá acesso ao bloco do gabinete para falar com a prefeita, mas Délia Razuk ainda não recebeu os grevistas. Os educadores reclamam que a prefeita não participa das negociações.

Hoje, mais uma vez quem conversa com os educadores são apenas secretários e assessores especiais, entre eles os secretários de Educação Upiran Jorge Gonçalves e de Governo Patrícia Bulcão. Guardas municipais foram chamados para reforçar a segurança no local.

Nas 45 escolas e 38 centros de educação infantil do município a greve é parcial. Menos de dez escolas estão totalmente sem aula. Nas demais, alguns educadores já aderiram, o que provoca “buracos” nas aulas e algumas turmas são dispensadas mais cedo.

Os educadores cobram reajuste de 7,64% do piso do magistério que deveria ter sido concedido em 2017 e 6,81% de 2018. Na sexta-feira (17), a desembargadora Tânia Garcia de Freitas Borges, do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), determinou que o Simted (Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação) mantenha no mínimo 66% dos professores e administrativos da educação em atividade nas escolas.

Em caso de descumprimento, a desembargadora estipulou multa diária de R$ 50 mil ao sindicato. Entretanto, o Simted informou que ainda não foi notificado sobre a liminar.

Na ação impetrada no TJ, Délia Razuk pediu que a greve fosse declarada nula e abusiva, alegando que a paralisação foi iniciada com as negociações ainda em andamento e que os professores douradenses recebem quase o dobro do valor estabelecido pela lei do piso nacional.

O Simted reclama que o reajuste de 4,13% para o magistério, anunciado pela prefeitura para complementar o índice de reposição do piso, não foi incluído na folha de julho.

Com esse índice, o grupo magistério atingiria o índice de 6,81% previsto no piso municipal do magistério, já que todos os servidores municipais de Dourados tiveram 2,68% de reajuste em maio. A prefeitura continua em silêncio sobre a greve dos professores. De acordo com o Simted, às 16h desta quarta-feira haverá novo protesto, na Praça Antônio João.

Nos siga no Google Notícias