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Interior

Justiça decide se réu por atropelar com lancha vai a júri popular

Nivaldo Thiago será julgado por homicídio doloso e duas tentativas de homicídio, ocorridas em 2022

Por Murilo Medeiros | 23/04/2025 11:56
Justiça decide se réu por atropelar com lancha vai a júri popular
Nivaldo Thiago posando para foto em barco (Foto: Reprodução da redes sociais)

A audiência de instrução do ex-servidor público Nivaldo Thiago Filho de Souza, de 39 anos, por homicídio doloso e duas tentativas de homicídio, será realizada hoje (23), às 13h30, no Fórum de Aquidauana, distante 141 quilômetros de Campo Grande. Ele é acusado de matar Carlos Américo Duarte, de 59 anos, o Carlão, ferir o filho da vítima Caê Duarte e outro ocupante da lancha, Rosivaldo Barbosa de Lima, em 2022.

RESUMO

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Após três anos do incidente, a Justiça realiza hoje (23) audiência de instrução que decidirá se Nivaldo Thiago Filho de Souza, 39 anos, irá a júri popular pelo atropelamento fatal com lancha ocorrido em maio de 2022. O ex-servidor público é acusado da morte de Carlos Américo Duarte, 59 anos, e tentativa de homicídio contra Caê Duarte e Rosivaldo Barbosa de Lima, no encontro dos rios Miranda e Aquidauana. Segundo a denúncia do Ministério Público, Nivaldo pilotava a lancha "Mamba Negra" sem habilitação e após consumir bebidas alcoólicas. Em alta velocidade, realizou manobra indevida colidindo com a embarcação "Beira Rio II". Após o acidente, fugiu sem prestar socorro. Quando localizado pela PRF, recusou-se a fazer o bafômetro, mas admitiu ter consumido cerveja. O caso será analisado pela juíza Kelly Gaspar Duarte Neves, que decidirá sobre o encaminhamento a júri popular.

Faltando uma semana para completar três anos de espera pelo julgamento, na audiência de hoje a juíza Kelly Gaspar Duarte Neves deve analisar provas e ouvir depoimentos de testemunhas para decidir se vai levar Nivaldo Thiago a júri popular. Ao Campo Grande News, o filho da vítima, Caê Duarte confirmou que está acompanhando o caso e estará presente no Fórum de Aquidauana, mas prefere não comentar o assunto..

O promotor de justiça João Meneghini Girelli representa as vítimas ao lado do advogado assistente de acusação Alexandre Pierin. "Espero que a Justiça seja feita e que o réu Nivaldo Thiago seja pronunciado e julgado pelo Tribunal do Júri, pois cometeu crime doloso contra a vida de três vítimas, uma fatal", afimou Alexandre à reportagem.

A audiência de instrução deveria ter acontecido dia 14 de outubro do ano passado, mas foi remarcada para hoje porque a magistrada Kelly Gaspar Duarte Neves, responsável pelo caso, foi convocada para comparecer em evento oficial.

Conforme a denúncia do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), no dia 1º de maio de 2022, por volta das 12h30, Nivaldo Thiago, de lancha, atropelou as vítimas na região conhecida como Touro Morto, encontro dos rios Miranda e Aquidauana. Ainda segundo o MPMS, Nivaldo consumiu bebida alcoólica e não possuía habilitação para pilotar a embarcação "Mamba Negra".

De acordo com a denúncia, ele estava em alta velocidade quando, ao fazer a curva do leito do rio, fez uma manobra indevida e colidiu contra a embarcação "Beira Rio II", que navegava em sentido contrário e era pilotada por Rosivaldo Barbosa de Lima.

Justiça decide se réu por atropelar com lancha vai a júri popular
Carlos e Caê Duarte pouco antes de embarcar para pescaria (Foto: Direto das Ruas)

Danificado, o barco estava prestes a afundar, mas pai, filho e piloto foram socorridos por amigos que chegaram ao local minutos após a colisão. Carlos morreu no local. Caê e Rosivaldo sofreram ferimentos e foram socorridos ao hospital da cidade.

O ex-servidor público Nivaldo Thiago Filho de Souza fugiu do local sem prestar os primeiros socorros. Ele foi localizado em posto da PRF (Polícia Rodoviária Federal) na BR-262, se recusou a fazer o teste do bafômetro, mas admitiu aos policiais ter tomado, na manhã de sábado, quatro garrafas de cerveja de 205 ml, conforme registrado em boletim de ocorrência.

Na ocasião, testemunhas disseram o contrário, que logo após a colisão, o homem descartou embalagens de bebidas alcoólicas no rio. Genro da deputada Mara Caseiro (PSDB), Nivaldo Thiago, à época, era servidor público estadual comissionado. Ele estava na lancha com a mulher, Maiara Caseiro, e três crianças. O acusado responde ao processo em liberdade.

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