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Interior

Pai faz parto da filha no meio do Pantanal com ajuda dos bombeiros por telefone

Na madrugada de domingo, orientação por telefone guiou o marido durante o nascimento da criança

Por Bruna Marques | 19/10/2025 15:58
Pai faz parto da filha no meio do Pantanal com ajuda dos bombeiros por telefone
Mãe e bebê são atendidas por bombeiro após resgate aéreo no Pantanal do Paiaguás (Foto: Divulgação / Corpo de Bombeiros)

Na madrugada deste domingo (19), o relógio marcava 3h quando o silêncio do Pantanal do Paiaguás foi quebrado por um pedido urgente de socorro. Da região pantaneira, a cerca de 160 quilômetros da área urbana de Corumbá, um homem ligou para a Central de Operações do Corpo de Bombeiros: sua esposa, grávida de nove meses, estava em trabalho de parto.

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Um bebê nasceu no coração do Pantanal do Paiaguás, a 160 quilômetros de Corumbá, após um pai realizar o parto orientado por telefone pelo Corpo de Bombeiros. O caso ocorreu na madrugada de domingo, quando a esposa entrou em trabalho de parto emergencial. O cabo Gilberto, rádio-operador de plantão, guiou o pai durante todo o procedimento, desde a higienização das mãos até o corte do cordão umbilical. Após o nascimento bem-sucedido, mãe e filha foram resgatadas por um helicóptero da Marinha do Brasil e levadas à maternidade de Corumbá.

As contrações vinham ritmadas, a cada cinco minutos, mas a distância até o socorro era grande. E a situação se agravou depressa. Pouco depois, o homem voltou a ligar. A cabeça da bebê já coroava, o nascimento seria em questão de instantes.

Do outro lado da linha, o cabo Gilberto, rádio-operador de plantão, manteve a calma e iniciou um protocolo de emergência que mudaria aquela madrugada. Com voz firme, orientou o pai passo a passo: higienizar as mãos, usar panos limpos, amparar a cabeça e os ombros da bebê com cuidado.

O parto ocorreu ali mesmo, em plena natureza pantaneira. Logo após o nascimento, a recém-nascida chorou forte, sinal de que estava respirando bem. O militar continuou guiando o pai, explicando como esterilizar uma tesoura, cortar o cordão umbilical a cerca de 15 centímetros do umbigo e amarrá-lo com linha de nylon. Também orientou sobre a saída natural da placenta e a importância de manter o bebê aquecido.

Com o primeiro choro ecoando no meio do Pantanal, vinha também o alívio. Ao amanhecer, um helicóptero do EsqdHU-4 (Esquadrão de Helicópteros da Marinha do Brasil) partiu de Corumbá para buscar mãe e filha, levando-as com segurança até a maternidade da cidade.

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