Sobrevivente perde perna dias após acidente que matou 2 pessoas em rodovia
Acidente aconteceu no dia 15 de junho; além de duas mortes, criança também perdeu a perna
“Na hora, só pensei que não queria morrer”. O desabafo da técnica de laboratório Daiene Hokama, de 37 anos, resume o terror vivido no acidente que matou duas pessoas e deixou vários feridos na BR-262, entre Corumbá e Miranda. Ela perdeu a perna direita. A tragédia aconteceu no dia 15 de junho, quando o ônibus da Viação Andorinha em que Daiene viajava colidiu em um caminhão e uma barra de ferro se soltou, atingindo passageiros.
RESUMO
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Técnica de laboratório de 37 anos perdeu a perna direita em acidente na BR-262, entre Corumbá e Miranda, após colisão entre ônibus da Viação Andorinha e um caminhão. O acidente, ocorrido em 15 de junho, resultou na morte de duas pessoas quando uma barra de ferro se soltou e atingiu passageiros. Daiene Hokama estava a caminho do Pantanal para realizar pesquisa de doutorado quando o acidente aconteceu. Entre as vítimas fatais estavam o idoso Marcelino Florentino Filho, de 84 anos, e a médica Andrezza das Neves Felski, de 27. Uma criança de seis anos também perdeu uma perna no acidente.
Moradora do Jardim Leblon, em Campo Grande, Daiene estava a caminho do Pantanal, onde realizaria uma pesquisa científica para seu doutorado em ecologia e conservação. O trajeto foi interrompido bruscamente, quando um solavanco no veículo a despertou.
"Eu estava dormindo, acordei para mudar de lado, foi quando senti o impacto. Demorei para entender o que tinha acontecido. Uma amiga me perguntou se eu estava bem e eu disse que sentia minhas pernas queimando”, lembra.
Na fileira à frente dela, estavam o idoso Marcelino Florentino Filho, de 84 anos, e a médica Andrezza das Neves Felski, de 27, que morreram na hora. Uma criança de seis anos, que viajava uma poltrona à frente de Daiene, também perdeu uma perna no acidente.
A cena foi de horror. “A barra atravessou minha perna. Só conseguia pensar que precisava sobreviver. Uma moça da área da saúde veio me ajudar, fez um torniquete e me acalmou até o socorro chegar. Minha família ficou desesperada, com medo de eu morrer. Só agradeço por estar viva”, diz.
Após ser levada à Santa Casa de Campo Grande, Daiene precisou amputar toda a perna direita. “A cirurgia foi um sucesso, segundo os médicos, mas agora é que começam as preocupações: como vai ser em casa, a questão da acessibilidade”. Ela ainda não pôde rever o filho de seis anos desde o acidente. “Estou morrendo de saudade”, diz, emocionada.
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